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Sarney confirma candidatura à presidência do Senado

O senador pelo Amapá disse que a escolha de seu nome foi uma decisão partidária e que as lideranças do partido deverão continuar as negociações

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O senador José Sarney (PMDB-AP) confirmou há pouco a sua candidatura à presidência do Senado, após reunião do partido na residência oficial do Senado, no Lago Sul. A reunião foi suspensa para o almoço.

O senador pelo Amapá disse que a escolha de seu nome foi uma decisão partidária e que as lideranças do partido deverão continuar as negociações para a composição da Mesa, cujos integrantes serão escolhidos na próxima segunda-feira (2).

– As comissões serão distribuídas pela proporcionalidade das bancadas – acrescentou Sarney.

Ao ser questionado em relação à candidatura do senador Tião Viana (PT-AC), que também concorre à presidência do Senado, o ex-presidente da República afirmou aos jornalistas que a disputa faz parte do jogo democrático.

Último a chegar à reunião, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), já havia adiantado aos jornalistas que estava tranquilo em relação à oficialização da candidatura de Sarney.

– Sarney é um nome exponencial, mestre em tudo o que faz. Portanto, não há o que discutir. Era muito mais decisão pessoal dele em querer ser ou não candidato. Se ele já tomou a decisão de ser, claro que o PMDB está unido – afirmou.

Jucá discordou ainda dos jornalistas quanto à existência de sequelas na base governista diante da manutenção da candidatura de Tião Viana.

– Acho que não tem sequela, acho que tem disputa e espero que não perdure até o dia da eleição. Acho que é possível procurar o entendimento, nós vamos trabalhar para isso. Independentemente do resultado, se houver disputa, temos que procurar o reequilíbrio, porque a base do governo e a governabilidade do país são muito mais importantes que a presidência do Senado – disse Jucá.

Em relação a uma eventual substituição na liderança do governo, Jucá afirmou:

– Meu cargo é do presidente Lula. Todos os anos ele sabe que tem o cargo à disposição. Em me sinto meio João Batista, todo começo de ano, porque todo começo de ano pedem minha cabeça. Estou muito tranquilo. Exerço o cargo em nome do presidente e, no momento em que ele achar que deve trocar, ele vai trocar – concluiu.