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Sarney qualifica de "distorção de má-fé" acusá-lo por ação contra jornal

Fernando Sarney foi indiciado pela PF por formação de quadrilha, criação de instituição financeira irregular

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), qualificou hoje (3), em nota à imprensa, de “distorção de má-fé” a tentativa de responsabilizá-lo pela iniciativa de recorrer à Justiça para proibir o jornal O Estado de São Paulo de veicular as gravações feitas pela Polícia Federal durante a Operação Boi Barrica, em 2006. Nelas, há conversas entre Sarney e o filho, o empresário Fernando Sarney, tratando de um emprego no Senado para o namorado de uma de suas netas.

Fernando Sarney foi indiciado pela PF por formação de quadrilha, criação de instituição financeira irregular, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. “Não fui consultado sobre essa iniciativa [de Fernando Sarney em recorrer à Justiça para proibir divulgação de gravações], de exclusiva responsabilidade dele e de seus advogados, e por isso é uma distorção de má-fé querer me responsabilizar pelo ato”, disse o presidente do Senado.

Ele argumentou ainda que a iniciativa tomada por seu filho foi de defesa de um direito seu. Segundo o senador, Fernando Sarney “tem sido vítima de cruel e violenta campanha infamante por parte de O Estado de São Paulo. “O empresário tem sua vida, sua família, sua independência”, acrescentou o senador.