O papel do Brasil em uma ação coordenada para resolver a crise financeira global será o centro da conversa entre o presidente americano Barack Obama e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva hoje, na Casa Branca. Segundo Thomas Shannon, secretário de Estado assistente, responsável pelo Hemisfério Ocidental – o cargo mais alto para a região -, Lula e Obama já conversaram "várias vezes" por telefone. "O relacionamento tem forte componente de parceria global, é um reconhecimento da ascendência do Brasil no mundo", disse Shannon. "É uma oportunidade para fortalecer a importante relação que temos com o Brasil, relação bilateral, regional e global."
Segundo o secretário, o encontro será uma oportunidade para os dois conversarem sobre a cúpula do G-20 – organização que reúne países desenvolvidos e os chamados emergentes. "Um esforço amplo para abordar a crise econômica, tanto nacionalmente, com pacotes de estímulo, como por meio de ação internacional coordenada, será parte importante da conversa", disse Shannon, em resposta a uma pergunta do Estado.
A reunião deve durar cerca de uma hora. Durante 40 minutos, os dois presidentes estarão acompanhados de cinco auxiliares de cada lado. Os brasileiros serão os ministros Celso Amorim, Dilma Rousseff e Marco Aurélio Garcia, o embaixador Antonio Patriota e uma tomadora de notas. Do lado norte-americano o único nome confirmado é o de James Jones, conselheiro de segurança nacional. Depois, os dois presidentes se reunirão a sós, acompanhados apenas de intérpretes, no Salão Oval.