O senador Delcídio do Amaral (PT/MS) teria decidido fazer uma acordo de delação premiada depois de ter sido abandonado pelo PT. Segundo a Folha de São Paulo, o parlamentar-sul-mato-grossense teria contratado o advogado Antônio Augusto Figueiredo Basto, que já esteve à frente da delação premiada de outros envolvidos na Operação Lava Jato.
Segundo apurado pela Folha, o advogado teria sido procurado pela esposa do senador, o qual estaria disposto a fazer uma delação premiada, revelando inúmeros crimes e irregularidades ocorridas no âmbito das investigações da Operação Lava Jato.
O senador foi preso no último dia 25 de novembro, acusado de ter agido para obstruir a ação da Justiça no trabalho de investigação da operação Lava Jato. No dia seguinte, por 59 votos a favor, 13 contra e uma abstenção, o Plenário do Senado decidiu atender ao pedido do Supremo Tribunal Federal (STF) e manter a prisão do senador sul-mato-grossense.
Logo depois, a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, negou o pedido de habeas corpus apresentado pela defesa do senador Delcídio do Amaral, que segue preso preventivamente, desde a última quarta-feira, 25 de novembro. A decisão da ministra foi publicada na edição do Diário Oficial do STF da semana passada.
A defesa do senador alega que a prisão dele foi ilegal. Entretanto, a ministra manteve o parecer da 2ª Turma do STF, que decidiu por unanimidade pela prisão do senador. O processo corre em segredo de justiça.
Na semana passada, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, anunciou que a filiação de Delcídio ao partido foi suspensa por 60 dias. O dirigente afirmou que o PT decidiu abrir um processo disciplinar para investigar o ex-líder do governo no Senado que poderá culminar na expulsão dele da legenda.