O senador Paulo Paim (PT-RS) disse nesta quinta-feira (17) que pretende discutir com a bancada do partido no Senado a antecipação de R$ 15 do reajuste do salário mínimo de 2012 para adicionar o valor ao de 2011 e ampliar o mínimo de R$ 545 para R$ 560.
Nesta quarta (16), a Câmara aprovou o projeto de valorização do mínimo do governo, que prevê R$ 545 para este ano. Contrariando a orientação da liderança da bancada, dois deputados petistas votaram na emenda do DEM, apoiada pelas centrais sindicais, que fixava o mínimo em R$ 560. Da Câmara, o projeto vai para o Senado, onde deverá ser votado na próxima semana.
Paim disse que uma reunião para discutir o tema está marcada para a próxima terça-feira (22). “Estou propondo a discussão. A bancada se reúne na terça, eu levarei para a bancada essa questão [do reajuste] dos aposentados, do fator previdenciário e da antecipação do salário mínimo”, afirmou.
O senador disse que não pretende tomar nenhuma decisão sobre a proposta de antecipação dos R$ 15 sem antes conversar com os senadores do partido. “Não vou fazer nada sem ouvir a bancada. Depois vou decidir o que fazer”, afirmou.
Pouco antes, na tribuna do Senado, ele já havia defendido o debate sobre o pagamento da antecipação. “Estou propondo uma antecipação de 2,75 [% no salário mínimo]. Qual é o problema de propor uma antecipação?”, indagou.
Em seu pronunciamento, Paim defendeu a política de correção do mínimo aprovada pela Câmara, que havia sido pactuada entre o governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva e as centrais sindicais, de correção pela inflação mais a variação do PIB de dois anos antes.
“Esta é a melhor política salarial, porque recompõe o salário mínimo”, disse. “Hoje, o salário mínimo é de US$ 320. Se continuar assim, vamos atingir o salário mínimo da Argentina, que é de US$ 800.”