O senador Heráclito Fortes (DEM-PI) criticou, na manhã desta sexta-feira (16), manifestações públicas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que vistoriando as obras de transposição do rio São Francisco, em Pernambuco, fez restrições à ação fiscalizadora do Tribunal de Contas da União (TCU).
– Será possível que o presidente Lula não tem ninguém que lhe aconselhe a evitar pronunciamento após almoço demorado? O que o presidente está fazendo é um absurdo. Atacar o TCU por que fiscaliza. O TCU está fazendo um bem ao presidente da República e um bem ao país em fiscalizar.
Na análise de Heráclito Fortes, o presidente tem atacado o Congresso, a Justiça e a igreja, inclinando-se agora a condenar a ação fiscalizadora do TCU. Referindo-se a reportagem publicada pelo jornal Folha de S.Paulo sobre essas opiniões de Lula, Heráclito comentou também as críticas do presidente ao governador José Serra.
– O presidente Lula pode dizer tudo, menos que Serra não olhou para o Nordeste. Aliás, os nordestinos são agradecidos a José Serra porque ele foi quem primeiro se preocupou com a oferta de genéricos, quem se dedicou ao trabalho de interiorização da saúde, quem se ocupou com o bolsa-escola, quando ministro do Planejamento.
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Na opinião de Heráclito Fortes, Lula ampara essa profusão de críticas na popularidade de que goza como governante.
– Infelizmente, estamos diante de um fato concreto. Sua excelência goza de popularidade e acha que essa popularidade lhe blinda. Era bom que o presidente da República observasse que o Brasil, em sua historia, teve grandes homens blindados, e de repente, essa blindagem acaba e a historia está aí para contar.
No mesmo discurso, Heráclito se disse solidário ao governador do Piauí, Wellington Dias, que, em sua opinião, está sitiado por uma categoria perigosa na política brasileira – "os correligionários aloprados e sem votos". Ele disse que os aliados do governador tentaram lançar como candidato à sua sucessão o secretário de Fazenda, Antonio Neto, candidatura que não deslanchou.
– Agora, numa atitude de desespero, tiraram o tapete de Antonio Neto e lançaram, à revelia do governador, o secretário de Educação Antonio José Medeiros como candidato ao governo do Estado. Com que objetivo? Sitiar o governador.
