Os senadores João Pedro (PT-AM) e Marcelo Crivella (PRB-RJ) acabam de ser eleitos, respectivamente, presidente e vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras no Senado.
Em votação secreta, a chapa governista obteve oito votos contra três da chapa da oposição, encabeçada pelo senador Álvaro Dias (PSDB-PR). Em seu primeiro ato como presidente da comissão, João Pedro designou para a relatoria da CPI o senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Senado.
João Pedro também convocou a primeira reunião de trabalho para o dia 6 de agosto, no reinício dos trabalhos legislativos após o recesso parlamentar, que começa na sexta-feira (17) se, até lá, for votada a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2010.
Na primeira reunião de trabalho da CPI da Petrobras serão apreciados os requerimentos apresentados pelos senadores, que integram a comissão, bem como a proposta de trabalho do relator Romero Jucá.
Jucá disse que vai trabalhar para apresentar uma proposta de trabalho e de encaminhamento das ações da CPI. "Vamos trabalhar com responsabildade, investigando todos os pontos apontados no requerimento [para a criação da CPI da Petrobras], fazendo com que a comissão possa exercer o seu papel", prometeu Jucá.
Já o presidente da CPI, João Pedro, disse que vai trabalhar em cima dos requerimentos [a serem apresentados pelos senadores]. "Só hoje já foram protocolados 28 deles. Preciso olhá-los e submetê-los à aprovação da CPI. Então vamos trabalhar em cima daquilo que for discutido e aprovado na comissão", disse o senador João Pedro, prometendo começar a estudar os requerimentos ainda durante o recesso.
João Pedro e Romero Jucá confirmaram a possibilidade de que a acusação de desvio de recursos públicos destinados à Fundação José Sarney pela Petrobras, feita pelo jornal O Estado de S. Paulo, pode vir a ser alvo de apuração pela comissão, embora não conste do requerimento de criação da CPI.