O senador Pedro Simon (PMDB-RS) lamentou que lideranças do PMDB defendam na mídia nacional que o partido não tenha candidato próprio à Presidência da República. Citou reportagem na qual o líder da bancada na Câmara, deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), discutia a tese de um terceiro mandato para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Há dez dias, esse mesmo líder defendia que o PMDB tinha de decidir de uma vez o que tinha de fazer, se seria vice do Lula ou vice do Serra ou vice do PSDB, via Aécio”, afirmou Simon.
O parlamentar citou também o líder do governo no Congresso, senador Romero Jucá (PMDB-RR), para quem a candidata a presidente é a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e que o PMDB deve compor a chapa indicando o vice.
O senador mostrou ainda manchete do jornal O Estado de S. Paulo, segundo a qual o PMDB irá defender o governo na CPI da Petrobras, mas, em troca, exige o comando da extração de petróleo das mega-jazidas conhecidas como pré-sal.
“Se alguém pensa que o partido irá se reunir para indicar um diretor da Petrobras, não vai reunir nem discutir coisa nenhuma: um chefão vai escolher quem ele quer. Nunca o diretório nacional se reuniu para indicar um nome para a Petrobras’, afirmou. Ele lembrou que o indicado do PMDB que ocupa uma diretoria na estatal está lá desde o governo de Fernando Henrique Cardoso.
Para Simon, este "clima geral" acontece porque o presidente Lula "dialoga com essa gente, é com quem ele gosta de conversar", citando o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), o ex-senador e deputado federal Jader Barbalho (PMDB-PA) e o ministro da Integração Nacional Geddel Vieira Lima (PMDB-BA).
“Esta é a gente que faz este esquema. Quando Fernando Henrique foi presidente por oito anos, era esse esquema que ele tinha com o PMDB” afirmou Simon.
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