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Senador tucano busca mais apoio entre governistas para criar CPI dos Transportes

Álvaro Dias descartou a possibilidade de refazer o requerimento da CPI do Ministério dos Transportes e estendê-la a ?todos os setores da administração"

O líder do PSBD no Senado, Álvaro Dias (PR), tentará conseguir, nesta semana, pelo menos mais quatro assinaturas de senadores governistas para criação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar denúncias de corrupção no Ministério dos Transportes. Ele irá em busca do apoio de mais cinco do grupo de oito peemedebistas que se declaram independentes das orientações da cúpula do partido. Três deles – Roberto Requião (PR), Pedro Simon (RS) e Jarbas Vasconcelos (PE) – já assinaram o pedido de CPI.

Hoje (1º), Álvaro Dias protocolou nas comissões de Infraestrutura e de Agricultura requerimentos de convocação e convites para que ministros e outras autoridades governamentais compareçam ao Senado para esclarecer denúncias de corrupção que apareceram durante o período de recesso parlamentar.

Entre os que serão convocados estão os ministros dos Transportes, Paulo Sérgio Passos; de Minas e Energia, Edison Lobão; do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, e da Agricultura, Wagner Rossi. Foram convidados o diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Haroldo Lima, e o presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Celso Lacerda.

Álvaro Dias descartou a possibilidade de refazer o requerimento da CPI do Ministério dos Transportes e estendê-la a “todos os setores da administração direta e indireta do governo”, embora considere que esta seria a situação ideal. "Isso demandaria nova coleta de assinaturas, o que, na visão do senador tucano, seria problemático, pois o atual requerimento já tem 23 dos 27 apoios necessários.

“Nós, da oposição, não temos o número necessário para instalar uma CPI e dependemos de adesões de senadores da base governista. A expectativa é que alguns parlamentares da base, indignados com o que está acontecendo, assinem [o requerimento] para que possamos fazer uma faxina e não apenas pegar coadjuvantes desse esquema [de corrupção]. O que queremos é chegar aos atores principais”, disse Álvaro Dias.