A senadora Ana Amélia (PP-RS) anunciou nesta segunda-feira (6) que assinou o requerimento dos partidos da oposição no Congresso Nacional para a abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar o salto patrimonial do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci.
Com a assinatura de Ana Amélia, faltam apenas sete nomes no Senado para completar os 27 necessários para abrir uma CPI na instituição. A princípio, a oposição tentava uma comissão mista (composta por deputados e senadores). No entanto, pela dificuldade de conseguir apoio de dissidentes da base aliada, os parlamentares acordaram que caso a Câmara ou o Senado conseguisse primeiro, a CPI ficaria apenas em uma Casa.
Na Câmara, eram necessárias 171 assinaturas, mas não passam de 100. A expectativa do PSDB é que o número aumente nesta semana.
A parlamentar argumenta que a falta de explicações convincentes por parte do ministro petista e a demora da PGR (Procuradoria Geral da República) de apresentar um parecer sobre caso a motivaram a incluir sua assinatura na lista.
A senadora gaúcha, jornalista de formação, disse que espera que a presidente Dilma Rousseff siga o exemplo do ex-presidente e atual senador Itamar Franco que permitiu o afastamento do então ministro-chefe da Casa Civil, Henrique Agrives que, depois de denúncias de irregularidades e de dar explicações, voltou ao posto.
“Quando a situação está neste nível, o poder não tem amigos. O poder tem que ser exercido de forma impessoal. Aliás, Lula deu o exemplo no caso dele [de Palocci]. O Itamar deu no caso Agrives”, destacou. “Na hora que o poder correr o risco de contaminação, a atitude tem que ter a autoridade e a impessoalidade”, completou.