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Impeachment

Senadora Simone acredita que existem 99,9% de chances de Dilma ser afastada

Com aprovação do processo no Senado, presidente Dilma deve ser afastada por 180 dias

Senadora Simone Tebet tem sido cotada para ser relatora do processo de  impeachment  - Divulgação
Senadora Simone Tebet tem sido cotada para ser relatora do processo de impeachment - Divulgação

A senadora Simone Tebet (PMDB/MS) acredita que existem 99,9% de chances do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT) ser aprovado no Senado.  Depois de ser aprovado na Câmara dos Deputados no domingo, o processo foi encaminhado ao Senado.

Simone disse em entrevista ao RCN Notícias da Rádio Cultura FM (106,5), que o Senado terá 48 horas para definir a comissão que irá acompanhar o assunto. Por causa do feriado de 21 de abril, nesta quinta-feira, a comissão pode ser definida apenas na segunda-feira (25).

De acordo com a senadora, independente do parecer da comissão- contra ou a favor do impeachment- o processo tem que ser votado no plenário, pelos 81 senadores. E, na primeira etapa, segundo ela, é necessária maioria simples para votar a favor da continuidade do processo. “Teria que ter, pelo menos, 41 senadores presentes. Desses, 22 votarem a favor. Acontece que, a maioria dos senadores deve estar presente. Então, é só pegar o total de senadores presentes, dividir por dois e somar mais um”, explicou a senadora.

Simone adiantou que já existem 42 senadores favoráveis ao impeachment. Aprovado no Senado, a presidente é afastada por um prazo de 180 dias para que o Senado conclua o processo. A previsão é que isso ocorra na segunda semana de maior. Com isso, o vice- presidente Michel Temer (PMDB) assume o cargo.

Simone tem sido cogitada, inclusive, para ser a relatora do processo do impeachment. A senadora, no entanto, entende que, nem PT e nem PMDB deveriam ter a relatoria desse processo para evitar qualquer questionamento. “Entendo que tem que ser um nome fora dos quadros do PT e do PMDB. Agora, se o PT, que é parte interessada, quiser a relatoria, o PMDB também pode querer”, ressaltou.

O importante, segundo a senadora, é que o processo caminhe, pois o Brasil está “parado e precisa caminhar”. “Três Lagoas não sente tanto [devido às obras de ampliação das fábricas de celulose], mas a situação é gravíssima, lojas fechando, desemprego muito grande, inflação não para de subir… Essa crise não pode mais esperar a política. Eu sou a favor do impeachment, mas seja qual for o desfecho, precisamos virar essa página porque o Brasil não aguenta mais essa paralisia que estamos”, declarou a senadora.