O governador de São Paulo, José Serra, e a ministra-chefe da Casa Civil da Presidência da República, Dilma Rousseff, apresentaram um crescimento nas preferências para as eleições presidenciais do ano que vem, de acordo com a pesquisa CNT/Sensus divulgada hoje (30).
Quando são oferecidas três opções de candidatos, a preferência por Serra subiu de 42,8% em janeiro passado para 45,7% em março. Dilma aparece com 16,3% das intenções de voto em março, sendo que em janeiro estava com 13,5%. Já Heloisa Helena, do P-Sol, tem 11% das intenções de voto em março, abaixo dos 11,2% do levantamento anterior.
Na simulação com o nome do governador de Minas Gerais, Aécio Neves, há empate técnico. Aécio aparece com 22% das preferências, e Dilma com 19,9%. A margem de erro é de 2%. Em janeiro, o governador mineiro tinha 23,3%, e a ministra da Casa Civil, 16,4%. No mesmo período, Heloisa Helena caiu de 18,2% para 17,4%.
Num possível segundo turno entre Serra e Dilma, o governador paulista venceria por 53,5% a 21,3%. Em janeiro, os índices eram de 50,8% para Serra e de 16,6% para Dilma. Já numa disputa de segundo turno entre Aécio e Dilma, a ministra ganharia hoje por uma pequena margem de o,8 pontos percentuais: 29,1% para ela e 28,3% para o governador mineiro. Em janeiro, Aécio venceria Dilma por 30,4% a 23,9%.
Segundo o diretor do Instituto Sensus, Ricardo Guedes, essa é a primeira vez que Dilma ultrapassa Aécio nas pesquisas para 2010. “A proximidade das eleições já é mais percebida pela população, e isso faz com que os eleitores comecem a tomar posições, opções partidárias e de candidatos”, comentou.
Na pesquisa espontânea, quando não se apresentam opções, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aparece em primeiro com 16,2% das preferências; Serra em segundo com 8,8%; Dilma, com 3,6%; Acécio, com 2,6%; Ciro Gomes, com 1,5%; e Heloísa Helena, com 1,4%. As preferências por votos brancos e nulos somam 7% e 56,9% não responderam.
Pela legislação eleitorial, o presidente Lula está impedido de concorrer a um terceiro mandato. Mas, segundo a pesquisa, ele tem capacidade de transferência de votos, pois 21,5% dos entrevistados em março disseram que o candidato apoiado por Lula seria o único em que votariam. Em janeiro, esse índice foi de 15,6%.