O aumento proposto por Serra é de 10,89% , aumento maior do que o dado pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva, de 9,6%. O reajuste do mínimo paulista ainda precisa passar pela aprovação da Assembleia Legislativa do Estado, onde o governador conta com apoio da maioria dos deputados estaduais. A expectativa de Serra é de que a projeto de reajuste seja votado ainda neste mês.
O novo valor do mínimo paulista foi calculado com base no PIB (Produto Interno Bruto) do Estado e no INPC-SP (Índice Nacional de Preços ao Consumidor de São Paulo). Esta foi a primeira vez que estes índices são levados em conta para o cálculo.
O mínimo de São Paulo é dividido em três faixas, sendo que a menor que deve ir para R$ 560 vale para categorias como trabalhadores domésticos, agropecuários, pescadores, motoboys. A segunda faixa que deve passar de R$ 530 para R$ 570 vale para operadores de máquinas da construção civil, carteiros, manicures e pedicures, cobradores de transporte coletivo entre outras.
A última faixa que passa de R$ 545 para R$ 580 vale para administradores agropecuários, chefes de serviços de transportes e comunicações, representantes comerciais, entre outros. A estimativa do governo paulista é que a medida beneficie cerca de um milhão de pessoas.
Antes do anúncio dos valores por Serra, foi divulgado que o aumento do salário mínimo seria de R$ 550, o que tornaria o reajuste menor do que o reajuste nacional. O secretário estadual de Trabalho, Guilherme Afif Domingos, prontificou-se a assumir o erro.
– O erro foi meu com relação àquilo que o governador tinha determinado.
Serra negou que a mudança tenha sido para não deixar o reajuste paulista menor que o dado por Lula.
– Nós não estamos em uma gincana, estamos governando.
Desde que foi proposto por Serra, em 2007, o salário mínimo paulista já foi reajustado em outras duas ocasiões. Em março de 2008, subiu de R$ 410 para R$ 450 (aumento de 9,75%). Em fevereiro de 2009, foi de R$ 450 para R$ 505 (alta de 12,2%).