A senadora três-lagoense Simone Tebet, ex-prefeita da cidade entre 2005 e 2010, confirmou disputa pela legenda do MDB para a eleição da Presidência do Senado, prevista para a primeira semana de fevereiro, tendo como adversário, dentro do partido, o alagoano Renan Calheiros, que já presidiu a Casa por quatro vezes, entre 2013 e 2017, e está em seu quarto mandato. A disputa pela legenda foi o principal assunto da semana em Brasília e em Mato Grosso do Sul – estado que tem chance de comandar o Senado pela segunda vez. A primeira foi com o senador Ramez Tebet, pai de Simone, que morreu em 2006.
Simone se reuniu com o presidente do MDB, senador Romero Jucá, no início da semana, para confirmar a intenção de enfrentar Renan. Depois, informou ao senador alagoano, por telefone, de sua pretensão. E afirmou ter dito a ele que não pretende voltar atrás da decisão de ocupar a cadeira que foi de seu pai. "Não existe a possibilidade de retirada", disse à imprensa de Brasília, em entrevista.
A emedebista afirmou que só decidiu se lançar porque foi procurada por colegas de legenda e de outros partidos. “Não sou candidata de mim. Se me lancei, é porque alguns colegas se manifestaram nesse sentido”, explicou.
Pelo Twitter, Renan disse, na quarta-feira (23) que a candidatura de Simone "robustece o processo decisório e consolidará ainda mais a união e a conjuntura da bancada do MDB".
No mesmo dia, Simone reagiu à postura do comando nacional do DEM. O partido, que comanda três ministérios – com Tereza Cristina (Agricultura) e Luiz Henrique Mandetta (Sáude), ambos de Mato Grosso do Sul – e a Câmara, prepara o lançamento do senador Davi Alcolumbre (AP), com apoio do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. O DEM e o ministro não se pronunciaram.
Também disputam a Presidência os senadores Alvaro Dias (Podemos-PR), Davi Alcolumbre, Esperidião Amin (PP-SC), Major Olímpio (PSL-SP), Tasso Jereissati (PSDB-CE), Ângelo Coronel (PSD-BA), além de Renan, Alcolumbre e Simone Tebet. O atual presidente do Senado, Eunício de Oliveira (MDB-CE), não pode tentar a reeleição porque não conseguiu renovar seu mandato nas eleições 2018.
Para ser eleito presidente do Senado é preciso pelo menos 41 dos 81 votos. Se não houver maioria absoluta na primeira disputa, haverá segundo turno.