Mesmo ficando em terceiro lugar na disputa presidencial nas eleições desse ano e recebendo menos de 80 mil votos em Mato Grosso do Sul, a senadora Simone Tebet (MDB) sai do pleito muito maior e com musculatura política superando anos luz o seu mentor e pai Ramez Tebet. Tanto é que a sul-mato-grossense é cotada para pelo menos quatro ministérios.
Essa força política da emedebista se deu em razão da atuação à frente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, onde foi a primeira mulher a presidir a mais importante comissão do Senado Federal. Ainda ela fez parte da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covi-19, onde ganhou projeção nacional estando praticamente todos os dias nos maiores veículos de comunicação do Brasil.
Na eleição presidencial, Simone Tebet recebeu mais de 4,9 milhões de votos, que representam 4,16% dos votos válidos, e, no segundo turno das eleições, apoiou e ajudou Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a se consagrar presidente pela terceira vez.
Tebet também conseguiu articular uma vaga para o MDB participar da equipe de transição do novo governo Lula e ainda está tentando viabilizar a eleição do presidente Nacional do MDB, deputado federal Baleia Rossi, para comandar a Câmara Federal.
Diante de toda essa bagagem política, Simone Tebet é cotada para fazer parte do primeiro escalão do petista Educação, Justiça, Agricultura e Cidadania.
Segundo fontes próximas da senadora, a menina dos olhos da sul-mato-grossense seria o mistério da Educação. Simone Tebet foi professora, mas essa pasta é disputada pela ala dura do PT. A governadora do Ceará, Izolda Cela (sem partido), que deve se filiar ao PT, também é cotada para assumir a pasta.
Simone Tebet por ser senadora do celeiro do Agronegócio, também é ventilada para assumir o ministério da Agricultura. Pasta essa que foi da também sul-mato-grossense, senadora eleita Tereza Cristina Correia da Costa. Tebet iria disputar esse ministério com o ex-ministro e deputado federal por Mato Grosso, Neri Geller (PP).
Por ser advogada e mestra em Direito, Simone Tebet também está sendo ventilada para assumir o ministério da Justiça. Para essa pasta, também são cotados o jurista Pedro Serrano e o ex-governador e senador eleito do Maranhão, Flávio Dino (PSB).
A quarta pasta que a sul-mato-grossense é cotada é a do ministério da Cidadania, que é um superministério reunindo o Ministério do Desenvolvimento Social, Ministério do Esporte e Ministério da Cultura, e é o responsável por vários auxílios entre eles o Auxílio Brasil. Esse também é uma pasta que o núcleo duro do PT cobiça. A ex-ministra Tereza Campelo também é cotada para a área social.
Toda essa especulação da ida da sul-mato-grossenses para uma dessas quatro pastas tão importantes no governo demostra a força que Simone Tebet ganhou nos últimos meses. Isso reforça ainda mais o prestígio que a senadora de MS tem junto ao presidente eleito Lula, tanto que ela fará parte da comitiva do petista na COP27, a 27ª Conferência da ONU sobre mudanças climáticas, que está sendo realizada desde ontem (6), no Egito.