Na Coluna Política em Destaque nesta sexta-feira (15), Adilson Trindade analisou a situação dos senadores, com a notícia da indicação de Simone Tebet para a presidência do Senado nesta semana, divulgada pelo partido MDB. Segundo Trindade, as eleições serão definidas pelas traições dos senadores.
“Simone foi indicada por unanimidade pela bancada do MDB para concorrer à eleição, mas nem todos votarão nela. Ela pode ser mais um dos políticos sul-mato-grossenses a comandar o Senado Federal. O último político do Estado a presidir o Senado foi justamente o pai de Simone, Ramez Tebet. Ela estaria seguindo os passos do pai na sua trajetória no Congresso Nacional”, afirmou.
De acordo com o colunista, Simone uniu à bancada para disputar a presidência, mas alguns irão votar na candidatura de Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que conta com apoio do atual presidente Davi Alcolumbre (DEM-AP) e do presidente Jair Bolsonaro. “Diante desse cenário de incertezas, alguns aliados manifestaram hoje preocupação com a debandada de apoio a Simone. Ela está sendo aconselhada a desistir da candidatura, mas não recua por acreditar ainda ter chance de virar o jogo. E essa virada vem acompanhada de traições”
Pela análise de Adilson, Simone entrou em campo para evitar novas debandadas e atrair apoio dos dissidentes dos partidos fechados com Rodrigo Pacheco. Só que as traições são, também, as armas de Pacheco para bater a senadora nas urnas.
“Pacheco notou que nem todos do MDB se esforçam para ajudar Simone na conquista de votos. Segundo jornal ‘O Globo de hoje’, o lançamento da candidatura dela foi apenas um gesto do MDB para marcar na disputa da presidência por ser a maior bancada. O problema é que o partido foi atropelado pelas articulações do atual presidente Davi Alcolumbre. Ele conquistou apoio de grande parte dos outros partidos e de muitos emedebistas”, destacou.
Ainda segundo Trindade, os líderes do Governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE) e do Congresso, Eduardo Gomes (MDB-TO), declararam voto a Simone. Mas não contam com eles para articulações. A Situação semelhante se repete em outros partidos.
“Os partidos PSDB, Cidadania e o Podemos racharam com lançamento da candidatura de Simone. A expectativa era dela e ficar com todos os votos dessas bancadas, mas é tudo especulação porque alguns tucanos assumiram apoio a Pacheco. Sem consenso, a bancada liberou os senadores do partido a votar em quem quiser. Não era isso que Simone esperava dos tucanos”, finalizou.