Em cerimônia concorrida no Palácio do Planalto, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) assumiu oficialmente, nesta quinta-feira (5), o comando da pasta do Planejamento e Orçamento. Em discurso, a nova ministra da pasta recriada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, disse que os pobres serão tratados com prioridade no orçamento público.
Para o secretário da Casa Civil de Mato Grosso do Sul, Eduardo Rocha, que acompanhou a cerimônia, o fato de Simone ocupar o ministério, mantém um olhar atento das autoridades de Mato Grosso do Sul. Ele acredita que a presença de Tebet no comando da pasta vai garantir um olhar mais atento às demandas do Estado.
“A Simone não está assumindo qualquer ministério, ela está no comando da pasta que cuidará do Planejamento e do Orçamento nacional, e isso nos dá tranquilidade porque é uma pessoa que conhece profundamente os pleitos de Mato Grosso do Sul”, frisou Rocha.
Longe de privilégios, o chefe da Casa Civil refutou essa análise. “A ministra vai atender demandas nacionais, não acredito que MS terá privilégios, mas um olhar mais cuidadoso com questões que precisam de uma atenção mais efetiva”, pontuou.
Uma das questões citadas pelo secretário foi sobre o imbróglio que envolve a Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN 3), que fica em Três Lagoas. A obra de construção da unidade está parada desde 2014, com aproximadamente 80% concluída.
Acompanharam o secretário Eduardo Rocha na viagem à Brasília, o vice-governador José Carlos Barbosa, Luiza Ribeiro e Paulo Duarte.
Simone Tebet destacou ainda que pretende conciliar as promessas de governo e os programas sociais com a responsabilidade fiscal, mas reconheceu que não será uma tarefa fácil.
“O cobertor é curto. Não temos margem para desperdícios ou erros. Definidas as prioridades por cada ministério, caberá ao Ministério do Planejamento, em decisão técnica e política com as demais pastas econômicas e com o presidente Lula, o papel de enquadrá-las dentro das possibilidades orçamentárias”, disse durante a cerimônia com mais de 1 mil pessoas, segundo a assessoria da ministra.
Apesar das conhecidas divergências sobre a política econômica que tem com o ministro da fazenda, Fernando Haddad, Tebet destacou um dos pontos de convergência com o colega: a defesa de uma reforma tributária, "esperada há anos".