Nos últimos dias, as discussões a respeito da situação fiscal de Campo Grande vêm ganhando destaque na mídia por conta de declarações de vereadores, de integrantes da atual gestão e também de alguns que fizeram parte da gestão do ex-prefeito Marquinhos Trad.
No centro das discussões está a responsabilidade pela saúde financeira do município, que chegou a níveis alarmantes em função do comprometimento quase que total das receitas com o pagamento de despesas fixas – algo em torno de 98%.
Mas, afinal, de quem é a culpa por essa situação? Com toda certeza, não se destrói em apenas um ano o caixa de uma prefeitura como a de Campo Grande, que no ano passado movimentou um orçamento de R$ 4,7 bilhões e agora, no exercício de 2023, tem previsão de movimentar R$ 5,5 bilhões.
O atual quadro das finanças de Campo Grande é resultado de uma soma de barbeiragens, que vêm desde a gestão Alcides Bernal, passando pela de Gilmar Olarte e descambando na do ex-prefeito Marquinhos Trad, que deixou como “legado” à prefeita Adriane Lopes o caos total, conforme sempre falamos aqui na CBN.
Para a população, o que está claro é que a prefeitura não tem dinheiro para melhorar os serviços de Saúde, para atender as demandas salariais dos servidores e muito menos para fazer frente a despesas urgentes como a recuperação da malha viária da cidade, castigada por chuvas torrenciais quase que diárias.
E os prejuízos só tendem a crescer, pois sem dinheiro a prefeitura não tem como se manter adimplente com o governo federal. Estando inadimplente, não tem como obter as certidões fiscais necessárias para formalizar convênios e receber novos recursos. A situação é dramática.