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STF dividido sobre ações penais contra corruptos

Metade dos ministros acredita que esses agentes só devem ser processados se houver prova evidente de que sabiam dos desvios

Duas correntes distintas dividem o Supremo Tribunal Federal (STF) em ações contra políticos, divergência que deverá ser sentida em julgamentos de grande repercussão, como o mensalão do PT, do PSDB e o do Democratas. Os ministros divergem sobre se o tribunal deve abrir ação penal contra a pessoa do político por denúncias gerais de corrupção contra o governo em que ele atuou.

Metade dos ministros acredita que esses agentes só devem ser processados se houver prova evidente de que sabiam dos desvios. Outra metade acha que, por estar no comando, o agente deve ser responsabilizado mesmo sem essa prova.

A primeira das duas correntes, conhecida como garantista, é liderada pelo presidente do STF, Gilmar Mendes, e costuma contar com os votos dos ministros Eros Grau, Ellen Gracie e Dias Toffoli. A segunda corrente é a do combate à impunidade e conta com os ministros Joaquim Barbosa, Marco Aurélio Mello, Ayres Britto e Cármen Lúcia. Cezar Peluso, Ricardo Lewandowski e Celso de Mello ora aderem à primeira corrente, ora à segunda e são o fiel da balança.