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Intenção De Votos

Taxa de rejeição de André preocupa MDB mesmo com liderança nas pesquisas

Sigla quer reduzir números negativos do ex-governador para que ele entre em possível segundo turno com mais força

Aparecer à frente dos demais candidatos nas pesquisas anima o staff de André Puccinelli, ex-governador de Mato Grosso do Sul que tenta voltar ao poder nas eleições de outubro deste ano. Porém, o pré-candidato não lidera apenas a lista de intenções de votos: ele também é o nome com maior rejeição entre os indicados até o momento.

Seja em pesquisas devidamente registradas e públicas, ou em análises internas – ou seja, as pesquisas que levam em consideração dados mais detalhados, as chamadas qualitativas -, Puccinelli preocupa sua equipe por causa da alta taxa de rejeição.

Conforme apurado pela reportagem da CBN Campo Grande, o grupo de trabalho em torno da possível candidatura de André já começa a planejar uma forma de diminuir esses índices. O ex-governador ficou à frente do Executivo estadual entre 2007 e 2014.

"Ele [André] aparece muito bem nas pesquisas, mas tem uma rejeição alta que nos preocupa bastante ainda. Estamos preparando um trabalho especial para diminuir isso e o deixar mais competitivo ainda do que acreditamos que já esteja. Nos baseamos em pesquisas", revela uma fonte consultada que faz parte da cúpula emedebista e do projeto de Puccinelli.

A mesma pessoa ainda aproveita para comentar sobre os adversários. O relato foi feito após ser provocado sobre tal. "O Eduardo Riedel [pré-candidato do PSDB] aparece bem e tem como propaganda um bom governo, mas eles não estão sabendo usar isso a favor. O Marquinhos, esse nas nossas análises não aparece tão bem nas qualitativas", conclui.

REVERSÃO

O trabalho para reverter esse cenário de rejeição de André passará, basicamente, por propaganda positiva – ou seja, tem a comunicação como cerne. Um dos principais causadores dessa rejeição foram seguidas operações em que teve o nome envolvido, como a Coffee Break (que envolveu compra de apoio de veredaores) e a Lama Asfáltica (esquema de desvio de recursos).

Nesses quase oito anos afastado do poder, André chegou a ser preso, no âmbito da Lama Asfáltica – tida como a Operação Lava Jato pantaneira. Porém, a anulação de sentenças e suspensão do juiz responsável pelos vereditos acabou fazendo o caso voltar à estaca zero, e assim Puccinelli e outros aliados e financiadores se viram livres para retomar as atividades.

A importância de conseguir taxas de rejeição mais baixas é a de se tornar uma segunda opção de voto, principalmente, em caso de segundo turno. Em Mato Grosso do Sul, todos os nomes que se colocaram na disputa tem como quase certo que haverá segundo turno este ano.

CHAPA EMEDEBISTA

Por ora, a chapa emedebista segue firme com André Puccinelli a encabeçando. O ex-prefeito de Costa Rica, o Waldeli dos Santos Rosa, foi definido como seu vice. Waldeli chegou a migrar para o PL no início do ano, porém, ele recuou e voltou para o MDB. Com o posto de vice definido, a sigla oriunda da oposição à ditadura só falta agora definir o vaga ao Senado.