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TCU aponta irregularidades em mais de 142 mil contratos do governo

Uma auditoria do Tribunal de Contas da União indicou irregularidades nos contratos da administração federal

Uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) indicou as principais irregularidades nos contratos da administração federal. O relatório apontou falhas graves nos mecanismos internos do governo para impedir fraudes em licitações. "A auditoria fez um pente fino em mais de 142 mil contratos, que representam R$ 104 bilhões", disse o presidente do TCU, Benjamin Zymler.

O Ministério do Planejamento informou que já começou a adotar medidas para corrigir as falhas apontadas pelo TCU.

Os auditores fiscalizaram as informações sobre compras e fornecedores do governo, registrados nos sistemas de contratações usados pelo governo. A fiscalização descobriu a contratação de empresas inidôneas – punidas por irregularidades -, o que é vetado; e notas para pagamentos a empresas que não participaram da licitação. Por causa disso, por exemplo, dez viaturas de transportes especializado que custariam até R$ 4.900 milhões saíram por mais de R$ 16 milhões.

Segundo o TCU, integrantes de comissões de licitação são sócios de empresas que participaram de concorrência. A auditoria encontrou mais de 16 mil casos de empresas com sócios em comum, que podem ter combinado o resultado e os preços da licitação, empresas cujos sócios são servidores públicos do órgão contratante, além de acréscimos de mais de 25% do valor dos contratos, o que é ilegal.

A auditoria descobriu uma lista de empresas de parlamentares que mantêm negócios com o governo. O tribunal considera essa relação inconstitucional. a lista dos deputados e senadores é sigilosa. O TCU considera que o controle interno do governo não é confiável.

o presidente do tribunal diz que pode apenas recomendar a apuração do Congresso. "Sempre que nós detectamos falhas e eventuais indícios de irregularidades nós comunicamos ou nós temos competência para exercer nosso poder corretivo ou punitivo, ou nós determinamos para os órgãos competentes. Foi esse o caso", disse Benjamin Zymler.