O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), vai entrar com uma queixa-crime contra o empresário Alcir Collaço e o ex-secretário de Relações Institucionais do Distrito Federal Durval Barbosa. Os dois foram filmados falando que parlamentares do PMDB na Câmara também teriam recebido propina do governo do Distrito Federal.
De acordo com a denúncia, Temer e os deputados Henrique Eduardo Alves (RN) – líder do partido na Câmara – e Eduardo Cunha (RJ) teriam recebido R$ 100 mil cada um. O deputado Tadeu Filippelli (DF) teria recebido R$ 500 mil. Assim como Temer, os outros também devem entrar com a mesma queixa-crime.
“Hoje é dia de frieza e de tomar providências concretas. Para revelar que não temos nenhum temor, nenhuma preocupação em relação a isso”, disse.
Temer disse que todos os recursos recebidos durante a sua campanha foram declarados à Justiça Eleitoral. “O que foi doado, foi declarado. O mais é balela, infâmia e vilania”, disse.
O presidente da Câmara afirmou que pretende ainda pedir informações à Justiça de São Paulo sobre a denúncia de que teria recebido dinheiro da construtora Camargo Corrêa.
Na terça-feira (1º), o Ministério Público Federal em São Paulo denunciou três diretores da empresa, alvos de investigação na Operação Castelo de Areia, da Polícia Federal. Segundo as investigações, os diretores teriam pago propina a partidos políticos, agentes públicos e pessoas com funções relevantes para que a Camargo Corrêa fosse beneficiada em licitações.