As conversas das principais lideranças políticas estão avançando e sendo cada vez mais intensas em Mato Grosso do Sul. Conforme o colunista Adilson Trindade, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, está muito mais próxima do pré-candidato a governador Eduardo Riedel, do PSDB, do que se possa imaginar.
“Eles têm conversado bastante. Pela lógica, ela deveria caminhar com o seu padrinho político, ex-governador André Puccinelli, do MDB, que foi decisivo na eleição dela para deputada federal. Mas não é isso que deve acontecer. De aliada de primeira hora, ela poderá ser adversária de André na corrida ao governo do Estado”, destacou.
Durante a coluna Política em Destaque nesta terça-feira (9), Trindade reforçou que os rumos da política nacional deverão influenciar nas definições das alianças em Mato Grosso do Sul. “Os antigos parceiros de longas batalhas eleitorais poderão ser, em 2022, adversários na campanha eleitoral. Mas antes do confronto, as lideranças estão conversando muito. Tereza tem hoje o comando do DEM no Estado desde quando o vice-governador Murilo Zauith não quis mais ficar na presidência. E ela é a grande estrela do partido em nível nacional. Mas o partido está dividido”, salientou.
Nas palavras do colunista, uma ala da qual Tereza faz parte, apoia o governo de Jair Bolsonaro e outra “bate duro” no presidente. “Na sucessão presidencial, o DEM que acertou fusão com o PSL, ex-partido de Bolsonaro, para criar o União Brasil para ter candidato próprio a presidente da República. E um dos nomes em discussão no União Brasil é o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, conterrâneo de Tereza Cristina. Ele também é de Mato Grosso do Sul. Então o União Brasil pode ser um partido gigante, mas será pequeno para Tereza Cristina e Mandetta dividirem espaço. E no meio deles tem a senadora Soraya Thronicke que lutará com unhas e dentes para comandar o União Brasil no Estado”, afirmou.