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Tiririca se recusa a fazer perícia, mas escreve ditado e lê trechos de jornal

Segundo o presidente do TRE, apesar de Tiririca ter lido e escrito durante o teste, a decisão sobre o caso será do juiz da 1ª Zona Eleitoral

O deputado federal eleito Francisco Everardo Oliveira Lima, o Tiririca (PR-SP), recusou-se nesta quinta-feira (11) a fazer perícia grafotécnica no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de São Paulo que comprovaria que a assinatura em seu pedido de registro eleitoral é mesmo dele. Apesar da recusa, segundo o presidente do tribunal, Walter de Almeida Guilherme, Tiririca escreveu um ditado e leu trechos de duas matérias de jornal.

Guilherme afirmou que o deputado eleito “se recusou a fazer a perícia para não produzir provas contra ele”.

– Isso está de acordo com a lei.

Durante a audiência, Tiririca aceitou o pedido do juiz do processo, Aloísio Silveira, da 1.ª Zona Eleitoral de São Paulo, para escrever um ditado. O presidente do tribunal disse que o trecho lido pelo deputado eleito estava na página 51 do livro “Os 60 Anos da Justiça Eleitoral”.

Em seguida, Tiririca aceitou outro desafio e leu trechos de duas matérias de jornal. Uma dizia respeito ao piloto Ayrton Senna e o outro trecho era relativo ao Procon.

Apesar de já ter prestado depoimento pela manhã, o deputado eleito voltou ao tribunal após almoço de duas horas para acompanhar o depoimento de duas testemunhas.

Segundo o presidente do TRE, apesar de Tiririca ter lido e escrito durante o teste, a decisão sobre o caso será do juiz da 1ª Zona Eleitoral, que será "com certeza tomada antes de 17 de dezembro", dia da diplomação dos candidatos eleitos no último pleito.

Se ele for absolvido, a acusação pode entrar com um recurso. Caso isso aconteça depois do dia 17 de dezembro, quem vai julgar a ação é o TSE (Tribunal Superior Eleitoral).