Veículos de Comunicação

Decisão

TJ/MS confirma que Marisa Rocha não faz parte de organização criminosa

Auxílio da vereadora de Três Lagoas Marisa Rocha a pessoas pobres confundiram com a ideia de apoio aos “bandidos”

Entrevista > Vereadora Marisa Rocha diz que tinha consciência que não havia cometido nenhum crime - Reprodução/TVC
Entrevista > Vereadora Marisa Rocha diz que tinha consciência que não havia cometido nenhum crime - Reprodução/TVC

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ/MS) confirmou decisão de primeira instância, de que a vereadora de Três Lagoas, Marisa Rocha (MDB), não faz parte de uma organização criminosa voltada para o tráfico de drogas. Por unanimidade, os desembargadores absolveram a vereadora que ficou presa por seis meses, no presídio de Três Lagoas.

Marisa foi presa em março de 2019, quando trabalhava como secretária de Esportes, após ter seu nome citado em conversas por telefone por outros suspeitos de tráfico. Os promotores do Gaeco – um braço exclusivo do Ministério Público – fez diversas acusações, mas não conseguiu provar nada contra a vereadora, conforme sentença de 1ª e 2ª instância.

Marisa começou a ser investigada após a Justiça autorizar gravações telefônicas de suspeitos por tráfico, segundo o Gaeco. E chamou a atenção quando um grupo de mães procurou pedindo ajuda dela a Maika Nunes para ter de volta a guarda dos filhos, levados para adoção poucos dias depois de retirados de sua casa. Marisa disse que nunca teve contato com Maika e que, “como mãe”, se prontificou a ajudar.  Marisa levou denúncias a órgãos públicos de Brasília (DF) sobre processos da perda de guarda de filhos que tramitaram em Três Lagoas por discordar das condições em que crianças, como as de Maika, foram retiradas de famílias e entregues à adoção. 

Ainda segundo a sentença do Tribunal de Justiça, Marisa era chamada de “vereadora dos bandidos”, em decorrência “do auxílio que presta às pessoas pobres, muitas vezes contrária à atuação policial, o que poderia dar a ideia de apoio aos “bandidos”. Ainda na análise dos aparelhos celulares apreendidos com Marisa, nada foi encontrado que a vinculasse a organização criminosa, à prática do tráfico de drogas ou de qualquer outro ato ilícito.