O mercado de trabalho três-lagoense encerrou o ano de 2011 com 1.215 postos de trabalho a mais. O dado foi divulgado nesta semana pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Conforme o Ministério do Trabalho e Emprego, Três Lagoas registrou o total de 20.290 admissões com carteira assinada, contra 19.075 demissões registradas no período. O comportamento corresponde a um saldo positivo de 1.215 mil empregos celetistas.
Pelo levantamento, o mês com maior índice de geração de empregos foi janeiro. No primeiro mês do ano passado, foram 481 vagas celetistas a mais no Município (2.046 admissões e 1.565 demissões no período). Este pico quase foi repetido apenas no mês de maio, quando o mercado local teve saldo de 420 vagas.
Porém, enquanto o primeiro mês do ano foi o melhor na geração de empregos, o último, dezembro, foi o pior para a cidade. No mês passado, o mercado fechou 713 postos de trabalho (1.254 admissões contra 1.967 demissões). No mês anterior, novembro, Três Lagoas havia registrado o fechamento de 413 postos de trabalho na cidade. Pelo site oficial do CAGED, não foi possível verificar o comportamento do emprego no mês de outubro em Três Lagoas.
Para o coordenador do Centro Integrado de Atendimento ao Trabalhador (Ciat), Ivan Alkmin, a queda não atingiu apenas Três Lagoas. “Neste período, é comum o número de demissões superar o de admissões. É o período em que as empresas fecham para balanço e seguram as contratações para análise de mercado. Isso acontece em todo local. Tanto que, neste mês, a oferta voltou ao normal”, disse.
Neste mês, o Ciat abriu 120 vagas de emprego. O dado corresponde a um número bastante superior se comparado a novembro do ano passado, quando o Centro abriu apenas 85 novas vagas. “As vagas estão surgindo novamente. Uma única empresa terceirizada da fábrica de fertilizante [da Petrobras] vai contratar, nos próximos dias, 15 pessoas. Agora, ainda temos o problema da falta de mão de obra qualificada”, disse.
FLUTUANTES
O número de empregos gerados em Três Lagoas, segundo o CAGED, parece pequeno em relação ao volume de trabalhadores da construção civil que atuam na cidade. A explicação, conforme Alkmin, pode estar relacionada ao processo de contratação desses operários. “Muitas vezes, a empresa vem para a cidade, mas mantêm o CNPJ da matriz. Logo, os funcionários podem ser registrados nessas cidades. Se isto ocorrer, pode ser que o CAGED contabilize os dados como sendo daquele município. Esta pode ser uma das respostas para essa diferença”, disse.
Dados da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico apontaram que a cidade pode ter uma população flutuante de até 15 mil trabalhadores.
BOX:
Estado gera 23 mil novos postos de trabalho
Em Mato Grosso do Sul, foram gerados 23.346 postos de trabalhos no ano passado, conforme o CAGED. Entre as atividades que mais contribuíram para o resultado estão: Serviços (7.912 postos), Comércio (5.718), Indústria da Transformação (4.046 postos) e a Construção Civil (3,285 postos). O saldo corresponde a uma queda de aproximadamente cinco mil vagas de emprego se comparado a 2010 – o ano que o CAGED bateu recorde histórico nos empregos formais em todo o Brasil. (R.P)