Manifestantes que estiveram na praça Senador Ramez Tebet de Três Lagoas, na tarde deste domingo, 15, puderam expor suas idéias quanto à forma que a política brasileira vem sendo conduzida pela presidente Dilma Rousseff e, a maioria fez questão de demonstrar insatisfação, sempre citando a sua saída do poder.
Outro ponto excessivamente citado foi a corrupção, com as inúmeras investigações pautadas no uso errado do dinheiro público e aumento do combustível, da energia elétrica e tantos outros tributos.
Diante dos protestos, o governo municipal também foi citado entre os pronunciamentos de algumas pessoas que usaram o microfone para demonstrar sua indignação. Pessoas que acompanharam o ato em meio ao público, também manifestaram o descontentamento com a atual administração do município.
&saibaEm entrevista à reportagem do JPNews, o policial federal Rennê Venâncio, um dos líderes do movimento, afirmou que era esperado uma boa presença de manifestantes na praça, mas não tão grande como ocorreu. “O objetivo é mostrar a indignação do povo três-lagoense com a situação que estamos passando, de injustiça e impunidade, por um Brasil livre da corrupção. Que o Brasil amanheça nesta segunda-feira um País diferente”, destacou Venâncio.
MAÇONARIA
Representando os maçons três-lagoenses, o advogado e presidente do Supremo Tribunal de Ética Maçônica do Mato Grosso do Sul, Julio César Cestari Mancini falou sobre a participação da classe ao movimento. “A maçonaria é uma escola de pensamento e lá discutimos tudo o que acontece nesse País. A maçonaria é formada por homens, por pais, filhos, maridos e avós. Somos de uma instituição apartidária, mas não somos de uma instituição apolítica, somos uma instituição voltada ao benefício e ao bem-estar da sociedade, por isso resolvemos sair dos nossos templos e tomar as ruas e, em nome da sociedade nos fazemos presentes. Tanto que participamos deste movimento não apenas de terno, mas com nossos paramentos que nos dignificam como maçons. Estamos vigilantes e atuantes. Queremos o fim da impunidade e da corrupção por um País melhor”, avaliou Julio César.
FAMÍLIA REUNIDA
A professora aposentada Rosângela de Castro Mancini Possari foi até a praça central da cidade com aproximadamente 15 pessoas da família, entre eles médico, advogado, professor e outros. Segundo ela, a adesão à manifestação tem como propósito deixar clara a insatisfação com a fase em que o País está passando. “Do jeito que está não pode continuar. Está uma vergonha. A corrupção chegou a um ponto que não dá mais para aguentar”, desabafou a educadora aposentada.