A Secretaria de Estado de Saúde (SES) articula com o Ministério da Saúde a implantação de projeto piloto em três municípios do Estado que prevê a colocação em cachorros de coleiras com repelente contra o mosquito de leishmaniose.
O Ministério elencou 132 cidades no Brasil elegíveis para participarem do programa, baseados na incidência de leishmaniose visceral em humanos. Três municípios do Estado estão aptos para ingressar no programa, Três Lagoas, Corumbá e Campo Grande.
A SES se reuniu na última quarta-feira (19) com o Ministério da Saúde e a Secretaria Municipal de Saúde de Campo, para definir os primeiros bairros que irão compor o programa. Na reunião, foram selecionados os bairros Pioneiro, Jardim Batistão, Nova Campo Grande, Mata do Segredo, Universitário e Jardim Veraneio.
Na capital a previsão inicial é colocar em 15 mil cães a coleira com repelente contra o mosquito de leishmaniose. A Secretaria de Estado de Saúde irá realizar reunião com representantes de Corumbá e Três Lagoas para definir a quantidade de animais e os bairros que farão parte do programa.
O projeto
O projeto-piloto do Programa Federal de Controle da Leishmaniose Visceral (Calazar), tem como objetivo o encoleiramento em massa de cães com coleiras impregnadas com deltametrina a 4%, princípio ativo repelente e inseticida recomendado pela Organização Mundial da Saúde como uma das principais formas de controle da doença.
As coleiras serão distribuídas gratuitamente pelo governo, de casa em casa, acompanhadas por um exame de sangue de rotina, realizado regulamente para diagnosticar a evolução da doença na comunidade canina.
A previsão é que a partir de janeiro de 2022 inicie a implantação do programa, após a adesão dos municípios. A Secretaria de Estado de Saúde registrou neste ano 18 casos de leishmaniose visceral em humanos e quatro óbitos. Em 2020 foram registrados 120 casos da doença e sete óbitos.