Ao comentar em Plenário, ontem (3), matéria publicada pelo jornal Correio Braziliense sobre o cultivo de "supermaconha" no Brasil, o senador Valter Pereira (PMDB-MS) se manifestou contrário a descriminalização do uso da droga no país.
Segundo Valter Pereira, a reportagem do Correio Braziliense informando sobre a existência na Região Nordeste da variedade skank de maconha, cultivada com o emprego do agrotóxico paclobutrazol, serve de amostra dos elevados "riscos ocultos" para usuários, que podem estar associados ao consumo da droga.
O paclobutrazol é um regulador de crescimento utilizado em sistemas agrícolas com o propósito de controlar o crescimento vegetativo, estimulando a capacidade reprodutiva das plantas.O produto, de acordo com o site http://www.pesticideinfo.org, é cancerígeno e prejudicial aos sistemas nervoso e reprodutivo de humanos, além de ser tóxico para organismos aquáticos.
O uso do paclobutrazol no cultivo de maconha, de acordo com a reportagem do jornal, ao aumentar a quantidade de flores na planta, possibilita uma maior produção do princípio ativo da maconha, conhecido como TetraHidroCanabinol (THC), aumentando assim o potencial psicotrópico da droga.
– Para aqueles que sustentam que é reduzida a ação psicotrópica da maconha, para justificar a sua descriminalização, a notícia mostra que essa droga não é tão despida de perigo como apregoam. Além de portal para drogas mais pesadas, a maconha tem semeado a desgraça em todos os segmentos sociais – disse.