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Vereador questiona salário pago com gratificação alta

Vereador Paulo Henrique aponta irregularidade e pede explicações

Nelo José da Silva, presidente da Câmara de Paranaíba - Divulgação
Nelo José da Silva, presidente da Câmara de Paranaíba - Divulgação

Após ter acesso às contas da Câmara Municipal, o vereador Paulo Henrique Cançado Soares (DEM) questionou alguns dos gastos na Casa de Lei e passou a acusar o presidente da Casa de pagamentos irregulares a servidores. O vereador aponta gratificações concedidas a duas servidoras, que se somados, chegam a mais de R$ 48 mil. Já o presidente Nelo José da Silva se defende dizendo que todas as gratificações estao baseadas em decisões judiciais ou são pagas legalmente.

O vereador Paulo Henrique pediu em 2019, judicialmente, a apresentação das contas da Câmara de Paranaíba. O processo tem data de 17 de julho e o objetivo era de conseguir que o presidente Nelo José da Silva, apresentasse documentação financeira da Câmara, desde  assumiu o cargo. O salário base de uma das servidoras, que ocupa o cargo de secretário legislativo, é de R$ 8.045,00. Com gratificações e adicional de produtividade por acúmulo de função, o salário líquido foi para R$ 27.996,00 em  mês abril deste ano. 

A outra servidora, também ocupante do mesmo cargo teve salário elevado para  R$ 21.214 com as gratificações, a partir do mesmo salário base de R$ 8.045, no mês de março. Ambas são servidoras efetivas. “Vereador que quer de fato uma resposta do presidente não precisa usar a tribuna nem a imprensa, ele tem livre acesso para chegar no colega e falar. Quando está falando na tribuna, está com outras intenções.Por isso, eu tenho respondido muito pouco”, explicou Nelo.

Ele diz ainda que o futuro  vai mostrar a verdade, “já que não há nada de irregular comprovado. Foi dito que o próprio desembargador fala de uma suspeita. Pessoas vão responder por isso”, disse. O presidente afirma que no dia 20 de julho mostrou documentos durante sessão e que suas decisões são todas baseadas em Leis. Uma delas é a obrigatoriedade de contratar um funcionário para o cargo de controlador interno havendo a possibilidade de já existir este funcionário que desempenhe a função na Câmara. “Eu entendi que o custo era menor já que eu tinha a funcionária na Câmara. Foi a única gratificação que eu dei. As outras tem origem em  decisão judicial, ou foram concedidas em administrações passadas”, disse.
Nelo disse ainda que a população não tem interesse nesse tipo de problemas e que em ano eleitoral a politicagem começa a ‘falar mais alto’.

Conforme Portal da Transparência, no mês de junho o salário de uma delas foi de R$ 9.146,50 e da outras R$ 12.308,85.