Técnicos da Prefeitura de Três Lagoas apresentaram na manhã desta segunda-feira (8) detalhes de dois projetos que preveem o município contrair empréstimos de R$ 243 milhões para a execução de obras de infraestrutura, em especial drenagem e asfalto.
Projetos semelhantes foram encaminhado para a Câmara em dezembro do ano passado, porém rejeitados, porque alguns vereadores alegaram falta de informações.
Por entender ser de extrema importância a liberação desses recursos para a execução dessas obras, o prefeito Ângelo Guerreiro (PSDB) pediu que os técnicos envolvidos no projeto detalhassem aos vereadores a proposta.
Os secretários de Infraestrutura, Adriano Barreto, e de Governo, Daynler Martins Leonel, e a diretora de Planejamento, Juliana Bernardi Petek, reuniram vereadores e a imprensa para detalhar os dois projetos. Dos 17 vereadores, dez compareceram na reunião.
Um dos projetos prevê um empréstimo de R$ 43,4 milhões junto a Caixa Econômica Federal, através do Programa Avançar Cidades – Saneamento, com contrapartida de R$ 4 milhões da prefeitura.
O recurso será utilizado na execução de macrodrenagem nas bacias do córregos Japão e do Onça, bem como nas redes de diversas ruas dos bairros, Imperial, Eldorado, Vila Haro, Santa Terezinha, Santos Dumont, São Carlos, Guanabara, Vila Carioca e São João.
De acordo com os técnicos, se houver a autorização da Câmara, até setembro deste ano, os recursos podem ser liberados, e até o início do próximo ano, as obras autorizadas.
Outro projeto prevê a contratação de operação de crédito externo junto a CAF (Corporação Andina de Fomento), da Venezuela, com a garantia da União, no valor de US$ 50 milhões, o equivalente a R$ 200 milhões. O recurso será utilizado em obras de drenagem e asfalto para atender os bairros Vila Nova, Oiti, Acácia, Jardim Alvorada, em especial a avenida Jary Mercante.
De acordo com os técnicos da prefeitura, esse financiamento vai comprometer 5% de todo o orçamento do município por ano. O prazo para pagamento de ambos os empréstimos é de 20 anos, cada. O juro do empréstimo da Caixa é de 6% ao ano, com carência de 4 anos para o início do pagamento. Já do Banco CAF é de 2,3% ao ano, com carência de pagamento de 5 anos.
Os técnicos defendem esses empréstimos em razão dos juros baixo, sem contar que, de acordo com eles, o município não teria condições utilizar todo esse montante do orçamento para a execução dessas obras de maneira mais rápida.