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Secretários Que Ficam

Verruck e Eduardo Rocha abdicam das eleições para "tocar o Governo de MS"

Chefe da Semagro era cotado para disputa por vaga de deputado federal, enquanto Rocha buscaria reeleição na Assembleia

Respectivamente chefes da Semagro e Segov, Jaime Verruck e Eduardo Rocha vão abdicar de participar das eleições em outubro deste ano para seguir a frente das pastas que administram no Governo do Estado. Assim, eles não vão precisar sair do cargo até o dia 2 de abril, conforme prevê a legislação eleitoral. A promessa é que permaneçam nas pastas até o fim do ano.

Conhecido pela sua atuação extremamente técnica na área econômica, Verruck era visto até pouco tempo como um dos principais nomes do governo para disputar uma das oito cadeiras que Mato Grosso do Sul tem direito na Câmara Federal a partir de fevereiro de 2023.

Porém, as mudanças de planos tem a ver com a conjuntura encontrada nas eleições, que vão desde parcerias para encarar o pleito até perfil para ir às urnas. Em recente reunião reservada, o governador Reinaldo Azambuja chegou a admitir que seu secretário "não é da política". 

Verruck é ligado a ministra Tereza Cristina (Agricultura), que hoje presidente o PP sul-mato-grossense. Vice-presidente da sigla, o deputado federal Luiz Ovando lamentou não poder contar com Verruck nas urnas, negando que tal decisão o beneficiaria na tentativa de se reeleger. 

"Meu público não é o mesmo que o dele, então não haveria problema. Ele só agregaria mais ao partido e agora buscamos um nome semelhante para seu lugar", revela. A intenção do PP é eleger dois deputados federais, mas admite que talvez apenas um consiga a vaga. 

FUTURO EM MULTINACIONAL

Verruck tem acordo com o governador Reinaldo para seguir até o fim do ano no governo e, depois, pode "seguir a vida" na iniciativa privada. Uma multinacional pode ser o destino do secretário. Por ora, ele nega que já tenha definido onde vai trabalhar em 2023. "Vamos esperar para ver como as coisas ficam. Só garanto que meu compromisso vou cumprir".

SEGUE OS PASSOS DE REINALDO

Acompanha Verruck na decisão de seguir no governo e não disputar as eleições o deputado estadual licenciado Eduardo Rocha. Ele abandonou recentemente seu mandato na Assembleia Legislativa justamente para se abrigar na pasta de articulação do Estado.

Ele foi convidado por Reinaldo para chefiar a Segov com o intuito de, ali, tocar ações do governo durante esse período eleitoral. Assim, Rocha, mesmo tendo um mandato em curso, preferiu se afastar da política. "Só saio se o Reinaldo me chamar e falar para ser candidato", frisa.

Rocha conta ainda que, apesar de estar dentro da estrutura do governo atualmente, segue integrando as fileiras do MDB. Apesar disso, em um front eleitoral entre o candidato emedebista André Puccinelli e o tucano Eduardo Riedel, ele terá que optar seguir com o segundo citado.

Prova disso foi que ontem, durante a inauguração do Bioparque Pantanal, ele além de vestir a camisa do novo espaço de entretenimento e pesquisa do Estado também permaneceu a maior parte do tempo ao lado do tucano e distante de André, também presente no evento. 

Sua esposa, Simone Tebet, também do MDB e pré-candidata a presidência da República, apareceu mais próxima de André, mas teve pouco destaque durante o evento e chamou pouco a atenção dos presentes, apesar de estar à beira de entrar em um pleito nacional.