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Vice-governador

Zauith é o favorito para vaga de senador na chapa de Rose; Mandetta corre por fora

Outro nome que busca se viabilizar ao Senado no mesmo arco é o procurador Sérgio Harfouche

Em uma disputa acirrada entre quatro nomes fortes pelo Governo do Estado, contar com outros nomes fortes compondo a chapa é fundamental para conseguir algo nas eleições deste ano. E no arco de alianças de Rose Modesto (União Brasil) aparecem três cogitados para o Senado, sendo um deles favorito para ocupar a posição tão almejada posição.

Um dos nomes que apareceu com maior chance para o posto no início do ano, o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta se enfraqueceu no decorrer das articulações, abrindo espaço para outro cacique ex-DEM e que permaneceu no União Brasil após a fusão com o PSL: é o atual vice-governador Murilo Zauith, cada dia mais reabilitado das sequelas da covid-19.

Murilo foi candidato ao Senado em 2010, não se elegendo. Entre 2007 e 2010, ele foi vice-governador de André Puccinelli (MDB), posição que voltou a ocupar em 2019 com Reinaldo Azambuja (PSDB). Dono da Unigran, ele também foi prefeito de Dourados por dois mandatos.

"Preciso ouvir o Bivar [Luciano, presidente nacional do União] e conhecer o projeto. Onde eles querem levar o partido nacionalmente, a posição em Mato Grosso do Sul. Aqui também existe uma polarização, mas não vejo uma terceira via. Tem que haver. É isso o que vou conversar", frisou Murilo em 12 de março, quando foi ao lançamento de Rose como pré-candidata.

Assim, fica claro que ele entrou em pleno acordo com sigla e pré-candidatura de Rose. Conforme apurado pela reportagem da CBN Campo Grande, Murilo surge como favorito dentro do União Brasil, estando com o convite para ser o pré-candidato ao Senado nas mãos, dependendo só dele.

MANDETTA EM QUEDA

Ex-deputado federal e primeiro ministro da Saúde da gestão Bolsonaro, Mandetta chegou a ser cogitado a representar a terceira via na disputa presidencial. Depois, foi erguido sua mudança de domicílio eleitoral para o Rio de Janeiro, onde concorreria a deputado federal.

Contudo, seu grupo político – encabeçado por Rodrigo Maia, o Botafogo – acabou se desidratando e Mandetta se viu isolado e perdendo relevância nacional. Com a desistência de disputar a presidência e mudar de "berço" eleitoral, ele se voltou para Mato Grosso do Sul.

Aqui, tentou se alçar ao Senado, mas pesquisas internas do União Brasil mostraram que ele encontraria grandes dificuldades nesse briga – onde a ex-ministra de Bolsonaro, Tereza Cristina (PP), é franca favorita – e ele novamente recuou, agora tendo como opção uma candidatura a uma das oito cadeiras que o Estado tem na Câmara dos Deputados como opção.

PELAS BEIRADAS

Outro que também aparece nessa disputa, mas com menor chance, é o procurador de Justiça estadual Sérgio Harfouche (Avante). Em 2018, ele se candidatou ao mesmo posto e não se elegeu. Uma das vagas ficou com Soraya Thronicke, e a outra com Nelsinho Trad.

Harfouche também concorreu a prefeito de Campo Grande em 2020, quando Marquinhos Trad (PSD) foi reeleito no primeiro turno. O procurador foi o segundo mais votado, mas teve os votos anulados pela Justiça Eleitoral após um longo imbróglio envolvendo seu posto no MPMS.

Em 2018, ele não abdicou da cadeira de procurador e apenas se afastou do cargo, podendo concorrer normalmente. Já em 2020, a situação mudou e, mesmo seguindo o mesmo rito, teve a candidatura indeferida por não se desincompatibilizar do cargo conforme exigido.

Ele recorreu e apontou a decisão de 2018 para justificar e tentar reverter o impedimento apontado em 2020. Porém, não conseguiu. Mesmo diante desse problema, agora em 2022 ele voltou a se lançar pré-candidato sem abdicar da procuradoria que ocupa, apenas se afastando.