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Entrevista

Zeca do PT é o nome do partido para 2020, afirma Agamenon do Prado

Presidente do Diretório do PT diz que partido terá candidatura própria em todas as principais cidades de MS

Partido vai disputar eleição com aliados em todo o Estado - Luciene Arakaki/CBN
Partido vai disputar eleição com aliados em todo o Estado - Luciene Arakaki/CBN

O presidente do Diretório Municipal do PT de Campo Grande, Agamenon do Prado, foi o convidado do quadro “Cenário Político CBN”, da rádio CBN 93,7 MHz,  desta quarta feira (25) – uma série de entrevistas com lideranças políticas da capital sobre as eleições do ano que vem. O petista reforçou o posicionamento do ex-governador José Orciro de Miranda, o Zeca do PT, dentro do partido, e anunciou que ele será candidato em outubro de 2020. Agamenon destacou a possibilidade de uma união de partidos de esquerda e de centro-esquerda para enfrentar principalmente a candidatura à reeleição do atual prefeito da capital, Marquinhos Trad (PSD). 

Quem será o candidato do PT nas eleições do ano que vem na capital?  
Agamenon do Prado – Em primeiro lugar, nós vamos ter candidatura. É uma eleição de dois turnos. E como tradição do partido, vamos lançar candidato na capital. Defendemos que todos os partidos políticos têm que nos apresentar no primeiro turno. Aí, no segundo turno, não logrando êxito, o partido tem que se reunir para fazer o debate e definir seus rumos. Recentemente, tivemos um encontro municipal e aproveitamos para fazer uma análise da situação política na capital. ‘Tiramos’ três candidatos que se colocaram à disposição. O ex-governador Zeca do PT e os deputados estaduais Pedro Kemp e Cabo Almi.  Até maio vamos definir nossa tática e estratégia para as eleições. 

Zeca do PT sai para prefeito ou para vereador?  
A disposição dele é para a prefeitura da capital. Com certeza, a hipótese de vereador está descartada. 

O que faz ele descartar? Há pesquisas que mostram o atual prefeito com uma larga vantagem em relação aos outros.  O nome do Zeca aparece, mas com percentual bem baixo. Isso pode fazer o Zeca mudar de opinião?
É uma tradição dos pré-candidatos do PT saírem com uma margem pequena de intenção de votos nas primeiras pesquisas. A partir de um debate com a sociedade e começar a discutir a situação de Campo Grande vai crescendo a nossa candidatura. Nós não temos preocupação neste momento com os índices apresentados pelas pesquisas. Vamos fazer um esforço muito grande de construir uma frente de partidos de centro-esquerda. Temos conversado muito com o PDT, PCdoB, PSOL, PSB e outros partidos desse campo. A disposição do PT é não impor uma candidatura, se configurar um leque de aliança dentro desse campo político. 

Qual a estratégia do partido para tentar se recuperar e conquistar algumas prefeituras nas próximas eleições?  
Ter a humildade de fazer um diálogo aberto com a sociedade. O PT sofreu um golpe político. Estava governando o Brasil de uma forma estupenda e reconhecida internacionalmente. Os números apresentados pelos governos Lula e Dilma mostram a pujança que eram nossos governos. Nós nos debruçamos e colocamos o seguinte: as eleições tiveram a máquina governamental presente. Vamos ter candidatura própria em Corumbá, Três Lagoas, Dourados e Campo Grande. Nos 20 principais municípios do Estado vamos ter candidatura a prefeito, porque representam mais de 80% do eleitorado de Mato Grosso do Sul. O nosso propósito é estar no segundo turno em Campo Grande e uma bancada forte de vereadores.   

Entre Lula e Bolsonaro, quem tem mais força para eleger prefeito e vereadores?  
Com certeza, o presidente Lula. Ele é uma liderança internacional. Teve a perspicácia de sentir o que o seu povo precisava. Se for fazer uma análise hoje das eleições 2018 está fazendo sua autocrítica. [Fernando] Haddad seria um grande presidente.