Um total de 700 quilos de maconha, supostamente pertencentes ao grupo criminoso de Felipe Santiago, conhecido como “Macho”, desapareceram da base da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) em Salto del Guairá, departamento de Canindeyú, na fronteira com Mato Grosso do Sul.
Em procedimento realizado na quarta-feira (11), como avanço judicial de prova, uma carga de 14.290 quilos de maconha seria incinerada. No entanto, faltaram 700 quilos. A juíza Rosarito Montanía solicitou que as cargas de maconha fossem pesadas novamente, e a escassez foi reconfirmada.
Posteriormente, foi aberta uma investigação criminal para determinar o que aconteceu com o carregamento de maconha apreendido.
O Ministério Público vai investigar como tamanha quantidade de drogas foi roubada da sede da Senad e a quem foi entregue.
As autoridades judiciárias estimaram que o total de drogas apreendidas tinha um valor de US$ 2 milhões no mercado negro brasileiro. A operação de apreensão da droga ocorreu no dia 23 de fevereiro, às margens do Rio Piratiy, em Salto del Guairá, quando foram apreendidos nove caminhões e três barcos. Informações de inteligência mobilizaram agentes especiais do Grupo de Investigações Sensíveis (GISE) da Senad, com apoio do Comando de Operações de Defesa Interna (CODI) e da Força-Tarefa Conjunta (FTC), liderada pelo promotor Ramón Ferreira, que — organizados em equipes de vigilância — viram a movimentação em alta velocidade do comboio de aproximadamente nove vans viajando por volta das 2h50 da manhã de domingo.
Houve uma troca de tiros na qual aproximadamente 30 a 40 homens armados transportavam a carga. Ao perceber a presença policial, os suspeitos entraram em uma estrada rural e abandonaram os veículos às margens do Rio Piratiy. Alguns conseguiram escapar pulando no rio, enquanto outros desapareceram na mata.
Os veículos apreendidos eram equipados com um espaço exclusivo para o motorista, para que fosse possível transportar o máximo de drogas possível em seu interior. Os pacotes de maconha tinham logotipos e possuíam desenhos de um índio, e outros com a inscrição “Equipe É os guri”, expressão popular brasileira que se refere a uma frase que expressa a união dos povos.