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À CBN, defesa confirma pedido de liberdade e Puccinelli pode ser solto hoje

Defesa ingressou habeas corpus contra prisões do ex-governador, do filho e do advogado por desvio e lavagem de dinheiro

Ex-governador já havia sido preso em 2017 e chegou a usar tornozeleira eletrônica - André Bittar
Ex-governador já havia sido preso em 2017 e chegou a usar tornozeleira eletrônica - André Bittar

André Puccinelli, do filho dele André Puccinelli Junior e o advogado João Paulos Calves podem ser soltos nesta segunda-feira (23), três dias após as prisões por desvio e lavagem de dinheiro em Campo Grande. À CBN, o advogado Renê Siufi confirmou que a defesa do trio ingressou nesta segunda-feira (23) habeas corpus, em caráter de urgência, no Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) contra as prisões cumpridas pela Polícia Federal (PF) na sexta-feira (20). 

O decreto de prisão preventiva tem limite máximo de até 180 dias. O documento de 131 páginas com a decisão foi expedido pelo juiz Bruno Cezar da Cunha Teixeira, da 3ª Vara da Justiça Federal, na quarta-feira (18). O principal argumento do novo pedido de prisão preventiva da Polícia Federal, na operação, é uma suposta lavagem de dinheiro e a continuidade da prática de atos ilícitos, mesmo após a prisão do trio, em novembro de 2017. Eles foram soltos no dia seguinte. 

“A decisão que decretou a prisão é longa. Até onde eu vi não tem nada de novo. São fatos requentados. Algumas outras partes estão todas comprovadas e não tem nada de ilegal”, disse Renê Siufi acrescentando ter achado estranha a prisão às vésperas da convenção partidária. 

As prisões foram pedidas pelo Ministério Público Federal (MPF) com base em decisão do Supremo Tribunal Federal, de maio deste ano, que determina a prisão preventiva de outros oito réus na 5ª fase da Operação Lama Asfáltica.

INVESTIGAÇÃO
Segundo a PF, foram reunidas novas provas no processo, como movimentações bancárias da empresa Instituto Ícone do Direito, que seriam relativas ao dinheiro proveniente de corrupção, análises de materiais apreendidos no instituto na Operação Papiros de Lama e análises de materiais apreendidos.

O juiz aceitou os mesmos argumentos da prisão anterior de Puccinelli, como parte dos desdobramentos da Operação Lama Asfáltica, que investiga o desvio de recursos usados em obras públicas. As investigações começaram em 2015 e levaram à prisão, em maio deste ano, o ex-deputado federal Edson Giroto (MDB) e o empresário João Amorim. 

Um dos itens que teria fundamentado a prisão de Puccinelli foi uma suposta transferência bancária do Instituto Ícone (empresa de cursos jurídicos de Puccinelli Junior) para o advogado André Borges, como pagamento pela defesa de outros investigados na Lama Asfáltica. Para Borges, existe uma tentativa de “criminalizar a advocacia”

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