O cenário político-eleitoral de 2026 pode mudar com o julgamento dos atos golpistas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e repercutir em Mato Grosso do Sul.
Os ministros da Suprema Corte querem encerrar, ainda em 2025, a deliberação dos denunciados por considerarem avassaladoras as investigações da Polícia Federal. A ideia do relator do processo, ministro Alexandre de Moraes, é não deixar nada pendente para 2026 por causa da eleição presidencial.
O plano é explodir o projeto político do ex-presidente Jair Bolsonaro de tentar concorrer às eleições com a sua prisão. A situação dele hoje é de inelegibilidade até 2030.
A aposta do ex-presidente é a aprovação da anistia pelo Congresso Nacional para recuperar o seu direito de voltar a disputar as eleições. O problema está no STF, que pretende derrubar esse benefício com uma canetada. Por isso, a cautela dos ministros condenarem os acusados já em 2025. Há um sentimento no STF de punição severa
Todos os acusados já sabem que poderão entrar no julgamento como condenados.
Sendo assim, haverá repercussão na política nacional e, em particular, em Mato Grosso do Sul.
O nome da senadora Tereza Cristina (PP) voltou a ser colocado no radar como opção da direita para concorrer na sucessão presidencial. A outra opção seria o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Mas ele não tem interesse na corrida pelo Planalto. Esse é um projeto para 2030. O plano de Tarcísio é disputar a reeleição para governador.
A outra sugestão no campo da direita seria o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil). O seu nome encontra resistência no meio bolsonarista depois da briga com o ex-presidente.
A aposta da direita seria em Tereza Cristina por ser um nome visto com bons olhos pelo bolsonarismo. Ela, inclusive, é amiga particular do Bolsonaro e foi sua ministra da Agricultura.
O presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), coloca o nome da Tereza Cristina de “stand by“, caso o STF tire de uma vez por toda as chances de Bolsonaro concorrer às eleições.
Tereza não vai se expor neste momento de tensão política. Mas está vendo no horizonte a chance de entrar na corrida presidencial no lugar do Bolsonaro.