Até 2017, Três Lagoas contará com três Casas Lar, que vão substituir o Abrigo Poço de Jacó. A primeira Unidade de Acolhimento Institucional para Crianças e Adolescentes, chamada de Casa Lar, será instalada ainda neste ano. O local, ainda não está definido, mas é certo que não será na atual estrutura do Abrigo Poço de Jacó, no bairro de Santa Terezinha.
Cidade
Abrigo Poço de Jacó será substituído por Casa Lar
Ainda segundo a presidente da comissão, a atual estrutura do Abrigo Poço de Jacó não atende mais a tipificação nacional
A comissão responsável pela seleção das entidades inscritas para Implantação da Casa Lar foi definida, ontem. Segundo a presidente da comissão, Mara Carrara, as unidades vão abrigar crianças e adolescentes de 0 a 17 anos e 11 meses, que estejam afastados do convívio familiar por meio de medida protetiva de abrigo, em função de abandono ou cujas famílias ou responsáveis estejam temporariamente impossibilitadas de cumprir sua função de cuidado e proteção.
O município deverá contar com três Casas Lar em razão da quantidade de crianças e adolescentes que se encontram nessa situação. Segundo Mara, atualmente o Abrigo Poço de Jacó, abriga 30 pessoas, mas já chegou a atender 40. “Por isso, a necessidade de se instalar três casas”.
A instalação da Casa Lar, conforme explicou Mara Carrara, visa atender à Política Nacional de Assistência Social do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome. “A Casa Lar foi criada através de um processo de reordenamento nacional em substituição aos abrigos institucionais, porque já não se aceita no país, abrigos com formatos antiquados. Então, teremos unidades funcionando como casas mesmo, onde haverá menos crianças e adolescentes. Existe uma série de exigências, entre essas é a de que a Casa Lar deve estar inserida na comunidade de origem da criança, além das especificações de acessibilidade e funcionamento, entre outras questões”, comentou.
Outra novidade é que a Casa Lar seja administrada por entidades que serão habilitadas, mas pela prefeitura, conforme é atualmente em relação ao Abrigo Poço de Jacó. “A instalação da Casa Lar vem sendo discutida há dois anos, inclusive, o Poder Judiciário e o Ministério Público já realizaram reuniões com as entidades interessadas em administrar essas unidades. Visitas em outros municípios que implantaram a Casa Lar foram feitas, então,este é um processo que algum tempo está em andamento”, esclareceu.
Ainda segundo a presidente da comissão, a atual estrutura do Abrigo Poço de Jacó não atende mais a tipificação nacional. O que muda com a Casa Lar, na opinião de Mara Carrara, é o aconchego, o carinho e o local onde essas crianças e adolescentes ficarão.