A American Apparel vai fechar as portas, oficialmente. Depois de ter sido vendida para o grupo canadense Gildan Activewear – e de um longo processo de falência, declarada pela primeira vez em 2015 –, as lojas da casa por todo país vão fechar ainda este ano.
Sempre orgulhosa de oferecer produtos feitos nos Estados Unidos, com preços acessíveis e uma gama de cores que dificilmente se encontrava no mercado, a marca conta com uma fábrica com mais de 3.500 funcionários.
Segundo o Los Angeles Times, na última semana, a Gildan aceitou pagar US$ 88 milhões pela propriedade intelectual da AP, além de alguns equipamentos de produção. O grupo, no entanto, não teve qualquer interesse nas 110 lojas espalhadas pelos EUA ou topou assinar contratos de licenciamento de produtos para continuar a produção e distribuição de peças criadas sob a etiqueta. Isso significa que os mais de 3 mil funcionários que trabalham nas fábricas e na sede da label em Los Angeles podem perder o emprego em questão de dias.
A AP passa por problemas sérios há dois anos, depois de acumular uma série de dívidas. O conselho e a presidência da empresa, fundada por Dov Charney em 1997, ficou fragilizada por não saber lidar corretamente com a crise, além da recusa do fundador de terceirizar a produção para países que cobram mais barato pela mão de obra.
O boom do fast fashion e a falta de adaptação da marca em um mundo online que pede por novidades a todo momento também causaram um baque na etiqueta, que fez sucesso vendendo peças básicas, com cortes modernos e clássicos, com um destaque especial para as leggings coloridas e t-shirts básicas.