NOTÍCIAS e fofocas políticas não têm faltado na mídia. Numa delas Nelsinho virou “cabo eleitoral” de Dilma. Ora! O Planalto não deu grana de graça. É empréstimo da Caixa que o a Prefeitura vai pagar com juros.
Ampla Visão
MARISA caminha sob o fio da navalha. Seu apelo ao Nelsinho para que amadureça a definição política prova sua habilidade. É estranho: os institutos de pesquisas são “poucos generosos” com a senadora. Aí…tem!
PERGUNTO: a candidatura de Marisa beneficiaria quem? O eleitor poderia entender como incoerente eventual apoio de André ao PT, optando pela senadora? Lembro: sem grana, ela quase ganhou de Zeca em 2002.
É PRECISO ganhar tempo nesta fase eleitoral. Alianças e apoio têm custo ao Planalto. É nesta hora que o jogo de cintura funciona. André vai levando até onde for possível para não ser tratado como adversário pelo Planalto.
TUDO EM PAZ Tentam criar um clima de animosidade entre André e Nelsinho, mas quem conhece a política sabe que isso é fantasia. Ambos estão cientes dos desafios e não há motivos para bobagens em ano eleitoral.
ZECA prefere Chico Maia (e os minutos do PTB). Embora não tenha prestígio eleitoral, Chico tem representatividade devido ao seu currículo e ao cargo na Acrissul. Mas ele não nega: sua prioridade é outra: vida saudável.
NA VERDADE o vice já é ótimo quando não atrapalha. Vice serve apenas para dar credibilidade, amarrar partidos e sustentar alianças. O Zé Alencar é o tipo do vice ideal: sabe onde é seu lugar; só vem quando é chamado.
PERGUNTA-SE: Qual a proposta de Zeca? Reverterá a rejeição, principalmente na capital? Vai discutir ética? Como se sairá no debate do caso do Porto de Murtinho que acabou nos braços de sua família, por exemplo?
MILITÂNCIA Ela desapareceu no PT após o mensalão. A bandeira da honestidade e ética sujou e os militantes – envergonhados – se recolheram. Estarão eles motivados para repetir a postura de antes? É esperar para ver.
A DERROTA de Frei no Chile,com apoio de Bachelete, esquentou a polêmica sobre transferência de prestígio. Jaques Wagner, da Bahia, lembra: “o apoio conta mas não define.” Uma clara alusão ao caso Dilma-Lula.
BACHELETE não manteve unida sua base partidária e o voto não é obrigatório. Aqui Lula vai costurando melhor: distribuiu ministérios, cargos e benesses. Sua candidata não provoca ciumeira partidária entre os aliados.
CACIFE No final do Governo FHC 47% da população era das classes A,B e C. Mas Lula colocou, em 6 anos, 13% dos brasileiros nas classes A,B e C. Nada menos que 30 milhões de pessoas que estão vivendo melhor.
E MAIS… Na gestão Lula a classe E foi reduzida quase à metade: de 27% em 2002, para 16% em 2008. Quem não chegou à classe média, ao menos recuou uma letra no alfabeto do consumo e pulou da classe E para a D.
AS PESQUISAS mostram: quando o consumidor está confiante, a popularidade de Lula sobe. Há uma correlação entre ambos. Lembrando: O Bolsa Família incluiu muita gente no invejado universo do consumo.
PESSOAS que eram excluídas passaram a comprar iogurte, desodorante e detergente, lotando suas cestas. E mais: tiveram acesso ao crediário, comprando o que invejavam dos vizinhos. E ninguém se importa com os juros.
A QUESTÃO: quem foi beneficiado vai votar na candidata de Lula? Os pobres ficaram menos pobres, é claro! Consumo na sociedade atual é sinônimo de felicidade. Dilma já pegou carona no mote e pode se fortalecer.
A CONFIANÇA do novo consumidor acaba se confundindo com o prestígio de Lula. Aliás foi assim com Clinton, prometendo reaquecer a economia e com FHC via Plano Real. O eleitor do mundo teme inflação e crise.
INFERNO NA TORRE A denúncia de propina da Plaenge para autoridades estaduais já foi rebatida pela empresa. Mas a coragem do deputado cel Ivan deve merecer atenção de deputados e vereadores em fevereiro. Penso eu.
A CONSTRUÇÃO das torres residenciais na Afonso Pena com a Ceará provocou na época vários questionamentos técnicos, inclusive pelo fato de estar perto de duas nascentes. Mas acabou prevalecendo talvez a força corporativa.
O DEPUTADO Ivan questiona: será que a erosão da Ceará não é foi causada pelos prédios da Plaenge? Em sua fala, ele sugere que o MPE (guardião da moralidade) investigue a fundo o caso. Boa hora de mostrar serviço.
SOB RISCO A construção de condomínios perto da sede da MPE é uma ameaça ao futuro da reserva florestal do Parque dos Poderes. A especulação imobiliária avançou sobre as chácaras limítrofes ao Parque. É pena.
PICARELLI Feliz com o aumento da audiência na TV.MS. Record. Neste sábado ele começa na FM Cidade. Quem também estreou na mesma telinha foi Carmem Cestari, com seu “Estilo de Vida”, às 11,30 dos sábados.