A partir de hoje (3) começam a ser realizados os últimos julgamentos do ano de 2021 da 1ª e da 2ª Varas do Tribunal do Júri de Campo Grande. Estão previstos 16 júris populares entre os dias 3 de novembro e 1º de dezembro, quando serão encerradas as sessões de julgamento do ano.
Entre os destaques está o julgamento do dia 10 de novembro, o primeiro júri popular de um pedreiro preso em 2020 e que responde a sete processos de homicídio na comarca. O julgamento será realizado a partir das 8 horas, na 2ª Vara do Tribunal do Júri.
Nesse processo, o réu é acusado de matar um homem golpeando sua nuca com um cabo de picareta. O crime teria ocorrido em 2 de maio de 2020, por volta das 6h30. De acordo com a denúncia, a vítima havia contraído no final de 2017 um empréstimo junto ao réu, no valor de R$ 3 mil.
A vítima teria encontrado com o réu no final de abril de 2020, quando se comprometeu a quitar a dívida. Na oportunidade, a vítima ainda solicitou que o réu fizesse alguns reparos em sua residência, já que trabalhava como pedreiro.
No dia do crime, ao comparecer à casa da vítima, já no fundo da residência, o acusado soube que o ofendido não poderia quitar o débito, pois não havia conseguido a quantia em dinheiro, mas que pagaria pelos serviços prestados naquele momento.
Inconformado, ele então golpeou o ofendido de costas, derrubando-o no chão e desferiu outro golpe em sua cabeça, ocasionando sua morte. O corpo da vítima teria sido ocultado em um poço localizado no fundo da casa.
O réu será submetido a júri popular, acusado de homicídio qualificado por motivo fútil, recurso que dificultou a defesa da vítima, além do crime de ocultação de cadáver.
Para o dia 11 de novembro está marcado o júri popular de um trio acusado de espancar e estrangular um jovem até a morte. O crime aconteceu no dia 18 de maio de 2019. Dois dos réus respondem ao processo presos preventivamente em Campo Grande e um deles está em presídio de Dourados. O julgamento terá início às 8 horas, na 1ª Vara do Tribunal do Júri.
O crime teria sido cometido por motivo torpe, pois os réus teriam agido movidos por vingança, em razão da vítima supostamente ter se envolvido amorosamente com a ex-companheira de um dos acusados, e também porque o irmão da vítima teria denunciado um deles à polícia para que fosse preso.
Os acusados também teriam empregado de meio cruel, pois espancaram a vítima com chutes, pontapés e com uma enxada, estrangulando-o posteriormente com um fio. Os réus também são acusados de ocultação de cadáver.
Encerrando as sessões de 2021, após recurso que determinou a realização de novo julgamento, está marcado para o dia 1º de dezembro, a partir das 8 horas, na 2ª Vara do Tribunal do Júri, nova sessão do júri popular de um jovem acusado de homicídio de um segurança de casa noturna. A morte do segurança aconteceu no dia 19 de março de 2011, em consequência das lesões causadas por agressões do réu na frente da boate onde a vítima trabalhava.
O primeiro julgamento ocorreu no dia 27 de novembro de 2017 e culminou com a condenação do réu por homicídio qualificado por motivo fútil, com recurso que dificultou a defesa da vítima. A pena foi fixada em 17 anos e 6 meses de reclusão em regime fechado.