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Aposta arriscada

Lula joga Vander na arena da disputa ao Senado para tentar barrar o avanço dos candidatos bolsonaristas

Deputado federal Vander Loubet deve ser nome do PT para concorrer ao Senado em 2026.
Deputado federal Vander Loubet deve ser nome do PT para concorrer ao Senado em 2026. | Foto: Reprodução Câmara dos Deputados

A preocupação com o predomínio dos bolsonaristas no Senado com as eleições de 2026, está levando o presidente Lula a incentivar candidaturas do PT. Ele já disse preferir a eleição de senador a governador. E sobrou para o deputado federal Vander Loubet. Juntou a vontade de ser senador e o apoio de Lula para iniciar a sua pré-campanha dois anos antes do pleito.

Vander sabe que estará entrando num jogo perigoso. Disputar o Senado é totalmente diferente de ser deputado federal. As chances de um petista conquistar uma das duas vagas é mais difícil, devido ao perfil do eleitor ser conservador.

A concorrência é grande. Vander terá de superar rivais de peso, como o ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB), senador Nelsinho Trad (PSD), candidato do PP. Todos eles são nomes ligados ao bolsonarismo.

A esperança de Vander é contar, também, com apoio do governador Eduardo Riedel (PSDB) numa aliança com o PT. Tudo vai depender do desfecho do rumo da política nacional.

Mesmo com a polarização da direita e esquerda nas eleições de 2022, parte do PT apoiou Riedel ainda no primeiro turno com palanque recheado de bolsonaristas. Em troca, Riedel abriu o seu governo para nomeação de petistas em cargos ligados a pautas de políticas públicas.

A eventual condenação e prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em 2025, pode mexer com tabuleiro eleitoral de 2026. A polarização da direita e esquerda pode ficar mais acirrada ou mesmo diminuir com eventual enfraquecimento dos bolsonaristas.

E Vander quer tirar proveito disso para quebrar a resistência ao PT em Mato Grosso do Sul para conquistar uma das vagas ao Senado. O partido nunca elegeu senador e muito menos o prefeito de Campo Grande, devido ao perfil conservador do eleitor.

Mas chegou perto em 1996 quando o então deputado estadual Zeca do PT por pouco não foi eleito prefeito da Capital. Ele perdeu para André Puccinelli (MDB) por pequena diferença de 411 votos. Dois anos depois, o PT consegue a proeza de eleger Zeca governador com apoio do agronegócio. Em 2002 foi reeleito e parou por aí. O partido não fez mais nenhum governador.

O eleitor passou a eleger candidato mais identificado com a política de centro e direita.

Confira a coluna Política em Destaque na íntegra:

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