A Associação Comercial e Industrial de Três Lagoas divulgou uma nota na manhã desta quinta-feira (11), manifestando ser contrária ao decreto do governo do Estado que definiu novo horário do toque de recolher e do funcionamento do comércio em Mato Grosso do Sul.
O decreto, publicado ontem, prevê o toque de recolher das 20h às 5h, durante a semana, e aos finais de semana, das 16h às 5h.
“Avaliamos que a política de restrição do horário de funcionamento do comércio assumida pelo governo do Estado não deverá trazer os resultados esperados em relação ao controle da doença, uma vez que os comerciantes já vinham fazendo a sua parte e que os estudos demonstram a inexpressiva contribuição das operações empresariais no aumento dos números de contaminados. Pelo contrário, ao invés de salvar vidas que seriam consumidas pela contaminação do vírus, a proposta do governo do Estado sentencia à falência de centenas, talvez, de milhares de empresas”, diz um trecho da nota.
Ainda segundo a nota da Associação Comercial, “baseados em pesquisas sobre a forma como acontece o contágio, podemos inferir que o ambiente propício para a proliferação do vírus são as grandes aglomerações e o descompromisso com uso da mascará e da higienização das mãos. Desta forma, entendemos que o que de fato pode trazer resultados é o combate às grandes aglomerações que acontecem em festas clandestinas e reuniões não autorizadas e com protocolos falhos. Diminuir o tempo de funcionamento de atividades comerciais somente aumenta o potencial de aglomeração”
“Assim, nos posicionamos a favor do aumento da fiscalização e do combate às aglomerações em festas ou em bares e restaurantes que não cumprem os protocolos. Avaliamos que o papel de fiscalizar do Estado deve preceder a sua vontade de impedir o livre funcionamento de determinados segmentos empresariais. Continuaremos defendendo o nosso direito de trabalhar e manter o emprego dos nossos colaboradores, e mesmo repudiando a postura do governo do Estado do Estado continuaremos incentivando nossos associados a manter a observância dos protocolos de biossegurança em cada um dos nossos negócios. Seguiremos reafirmando a importância de cada uma das mais de 3.500 vidas perdidas no nosso Estado. Nossa postura até aqui é a prova de que nossa preocupação sempre foi preservar o máximo de vidas”, diz um trecho da nota.