O governo de Mato Grosso do Sul suspendeu o ensino híbrido e determinou a volta das aulas remotas nas escolas estaduais a partir desta quarta-feira(10). A decisão foi tomada por conta do aumento expressivo do número de casos, mortes, da taxa de transmissão e de ocupação dos leitos hospitalares por conta da pandemia da Covid-19. O anúncio foi feito pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB), na manhã desta terça-feira (9).
As aulas na Rede Estadual foram retomadas dia 1º de março, de maneira híbrida em algumas unidades. E a previsão, era de que o ensino presencial voltasse em abril, mas por conta da atual situação da pandemia no Estado, o governo decidiu manter o ensino remoto, como ocorreu no ano passado, desde o início da pandemia.
Em Três Lagoas, a prefeitura também iniciou com o ensino híbrido, com aulas presenciais e remotas. O município ainda não se pronunciou se seguirá a mesma medida do governo do Estado.
O governador explicou que os alunos só vão voltar a ter aula nas unidades escolares quando a ciência determinar que é seguro. Reinaldo Azambuja contou ainda que Mato Grosso do Sul aderiu a um pacto nacional com outros 22 estados para diminuir o número de contaminações. Mato Grosso do Sul e o Brasil vivem o pior cenário da pandemia, alertou o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende.
“Nós estamos atingindo um aumento de 67% de óbitos em Mato Grosso do Sul. Fechamos o número em 3.491 pessoas que perderam a vida. Somos muito solidários a essas famílias, a esses familiares de pessoas que perderam a vida. Tivemos aumento de mais de 20% na média móvel de casos nesses últimos dias. Em praticamente duas regiões, a macrorregião de Campo Grande e a de Dourados, quase a totalidade dos leitos de UTI foram utilizados. Temos um grande volume de pessoas internadas e uma variante nova com volume exponencial de contaminações. Isso fez o COE-MS recomendar a não volta das aulas presenciais”, disse o governador.