A capital recebeu autoridades de vários países para a 8ª reunião da rota bioceânica, na quarta-feira (21). Os grupos discutirão a infraestrutura de transporte e logística, produção e comércio, simplificação na liberação de mercadorias pela alfândega para a entrada no país, a utilização de estudos de universidades e a fomento ao turismo.
O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) disse que as melhorias na rodovia BR-267 e a ponte sobre o rio Paraguai ligando Porto Murtinho, a Carmelo Peralta, foram incluídas no PPA (Plano Plurianual). A obra que ligará os dois países vai facilitar o caminho para exportações ao oceano Pacífico, com aumento no fluxo de carros e caminhões, segundo o governo.
A previsão é de pavimentação de um trecho de 11 quilômetros, com investimentos previstos para quatro anos. Azambuja ressaltou que o projeto foi incluído “por empenho” da bancada federal e que negociações com o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) estão avançadas para liberação de recursos na rodovia.
No Paraguai, a embaixadora Glória Irma Amarilla confirmou a manutenção da ponte e afirmou que é de interesse do governo de seu país a construção de uma ferrovia até o Norte da Argentina.
No segundo dia de reuniões, os grupos trataram da promoção de voos regionais, a partir do aeroporto internacional de Campo Grande. Foi apresentado o projeto Decola MS, em que o governo estadual reduziu a alíquota do imposto sobre o combustível para empresas de aviação ampliem a malha aérea no Estado.
RELAÇÕES EXTERIORES
O ministro de Relações Exteriores, João Carlos Parkinson, disse que com a viabilização da rota, a exportação de produtos de Mato Grosso do Sul para a China, via os portos do Chile, vai ficar em média US$ 700 (R$ 2,6 mil) mais barata.
Também serão estudadas a abertura do porto seco de Campo Grande, para viabilizar qual o impacto logístico do terminal no Cone Sul.