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SEGURANÇA

Casa da Mulher Brasileira completa 10 anos de criação

Eficiência no registro e na coleta de informações contribui para dados elevados de casos de violência contra a mulher em Campo Grande

Espaço foi inaugura em 2015, em Campo Grande
Espaço foi inaugura em 2015, em Campo Grande | Foto: Reprodução/ PMCG

Em 2025, a Casa da Mulher Brasileira de Campo Grande (CMB), a primeira unidade do país, completa 10 anos de criação. Neste período, o espaço foi responsável pelo acolhimento de 138 mil pessoas e pelo registro de 80 mil boletins de ocorrência.

Segundo a secretária executiva da Mulher, Angélica Fontanari, os números significativos, que colocam o estado entre os que mais registram casos de violência contra a mulher, representam, na verdade, a efetividade na apresentação de dados.

Angélica Fontanari Foto: Karina Anunciato

“Mato Grosso do Sul é referência no combate à violência contra a mulher. Campo Grande é referência nacional, até internacional, nas políticas públicas de combate à violência contra a mulher. O que acontece é que Campo Grande tem os dados e eles são divulgados. Nós temos a mensuração dos registros e das ocorrências de violência ocorridas aqui na nossa cidade e também no nosso estado. Muitos outros estados não têm o registro, não notificam, não divulgam seus números. Então, nós, que notificamos e divulgamos, acabamos aparecendo. Ah, é o campeão? Não é o campeão. Na verdade, o que nós temos são esses registros e nós noticiamos porque são dados concretos e verdadeiros. Tem lugares, por exemplo, que não vão saber informar”, esclareceu.

Em Campo Grande, a CMB concentra uma série de serviços em um mesmo local, desde serviços essenciais até o acolhimento psicossocial.

“No ano passado, nós inauguramos o Imol, Instituto de Medicina Odontológica Legal, dentro da Casa da Mulher Brasileira. O que isso muda na prática? Antigamente, a mulher procurava a CMB para fazer seu registro de lesão corporal, registrava-se o boletim de lesão corporal e aí ela tinha que ser encaminhada para fazer o exame de corpo de delito. Só que isso não era feito no prédio da Casa da Mulher Brasileira, era necessário o deslocamento até o Imol, que fica perto do Instituto de Criminalística, próximo ao Lago do Amor. Olha a distância! A gente entregava o exame para a mulher, e ela muitas vezes não fazia o exame de corpo de delito por diversos motivos, um deles sendo a distância. Com um setor do Imol dentro da nossa casa, o boletim de ocorrência é registrado e, a poucos passos, a mulher já pode fazer o exame. Isso viabilizou muito e acelerou demais o nosso trabalho”, explicou.

Para celebrar os 10 anos de criação do espaço, nesta semana, no dia 6 de fevereiro, será realizado um evento na Casa de Cultura de Campo Grande, localizada na Avenida Afonso Pena, 2270 – Centro, a partir das 19 horas. O evento é aberto ao público.

Acompanhe a entrevista completa: