O presidente afastado da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS), Francisco Cezário, foi destituído do cargo na segunda-feira (14), em Campo Grande. Em Assembleia Geral Extraordinária, clubes e associados avaliaram os atos de gestão de Cezário. Depois da análise, o resultado final da votação foi de 44 votos a favor da destituição e 21 contra.
O advogado de Cezário, Júlio César Marques, acompanhou a reunião. De acordo com ele, o afastamento foi conduzido de maneira irregular, devido à falta de elementos suficientes para a acusação. Ainda segundo o advogado, a decisão se baseou em investigações do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) e não em ações ligadas à Federação de Futebol. Júlio César Marques afirmou que deve recorrer da decisão na Justiça, mas ainda não deu prazo de quando isso deve ocorrer.
“Não vai ser tão rápida essa ação declaratória, porque eu preciso pegar a ata. Eu espero que a assessoria jurídica da Federação não dificulte o meu acesso, porque ontem o doutor Rafael (Meireles, advogado da FFMS) me franqueou que disponibilizaria essa ata facilmente. Eu espero que isso não fique no mundo das conversas, e a partir do acesso à ata que eu vou montar a ação civil declaratória”, explicou o advogado de Cezário.
Rafael Meireles, advogado da FFMS, disse que a Federação teve acesso formal aos atos que constam no processo criminal e levou a decisão para os associados.
“Precisava de um terço para instaurar a Assembleia; foram 89 votos, dos quais 65 foram a favoráveis a instauração. Precisavam de dois terços para a destituição. A Assembleia Geral declarou a destituição do antigo presidente. Em ato contínuo já convocou uma nova eleição para a recomposição do cargo vago”, disse Rafael.
Além da destituição do ex-dirigente, os participantes da assembleia elegeram uma Comissão Eleitoral que organizará novas eleições para escolha da nova diretoria da Federação de Futebol. A eleição deve ser realizada no dia 1º de novembro de 2024.
Francisco Cezário foi preso depois da realização da Operação Cartão Vermelho do Ministério Público. A ação apura possíveis atos de corrupção e má administração dentro da FFMS, incluindo suspeitas de desvio de verbas e manipulação de processos administrativos.
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