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Com doações em queda, Banco de Leite Humano faz apelo a novas doadoras

A doação pode ser feita por mulheres que estão amamentando e têm produção de leite acima do necessário para os seus bebês

Em novembro, o Banco de Leite recebeu cerca de 30 litros de leite; a demanda é de quase 120 litros.
Em novembro, o Banco de Leite recebeu cerca de 30 litros de leite; a demanda é de quase 120 litros. | Foto: Reprodução /Governo de MS

O Banco de Leite Humano do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS) precisa de doações. Nesta época do ano o volume de leite doado reduz muito, em novembro por exemplo, o Banco de Leite recebeu pouco mais de 30 litros, enquanto a demanda do hospital é em torno de 120 litros.

O leite humano é destinado aos bebês internados em, pelo menos, quatro unidades do hospital: UTI (Unidade de Terapia Intensiva) Neonatal, UIN (Unidade Intermediária Neonatal), Método Canguru e CTI (Centro de Terapia Intensiva) Pediátrico.

A doação de leite pode ser feita por mulheres que estão amamentando e têm produção de leite acima do necessário para os seus bebês. Além disso, é necessário ter feito o pré-natal. Para se tornar doadora, basta entrar em contato com o Banco de Leite Humano do HRMS, pelo telefone (67) 3378-2715.

O Banco de Leite Humano do HRMS faz a coleta na casa das doadoras semanalmente e fornece, ainda, o kit necessário para retirar e armazenar o leite: vidro esterilizado, touca e máscara. As mães também recebem orientação sobre como devem tirar o leite e armazená-lo. A coleta é feita em todos os bairros da Capital.

“Após ser coletado na casa da doadora, o leite passa por exames aqui no Banco de Leite Humano. Se não tiver nenhuma restrição, é pasteurizado e passa por um novo exame, desta vez microbiológico, para checar se todas as bactérias foram eliminadas. Somente então, ele é considerado apto a ser oferecido aos bebês”, explica a nutricionista e responsável técnica do Banco de Leite Humano do HRMS, Fernanda Menezes.

Mãe de Matteo, um bebê que nasceu prematuro, a professora Camilla Reis, 38 anos, foi ao Banco de Leite Humano extrair leite para alimentar o próprio filho, internado na UIN do HRMS.

“Para que o Matteo chegue ao peso ideal, o meu leite será fundamental. Como ele nasceu muito prematuro, não tem força para a sucção. Então, tiro o meu leite, que é oferecido a ele nas refeições”, conta Camilla.

A professora de Dois Irmãos do Buriti conta que sempre ouviu sobre a importância da doação do leite humano, mas, agora, vivenciar a situação trouxe uma nova percepção. “Acredito que posso ajudar outras crianças também. A gente sabe que as doações de leite não são suficientes, mas, quando se vê nessa situação, percebe o tanto que é importante colaborar e doar. Hoje eu vejo a importância do leite materno até para me sentir viva”, diz a mãe.

Importância do leite humano

O leite humano é essencial para todos os bebês, em especial para a saúde e sobrevivência de bebês prematuros e de baixo peso (com menos de 2.500 g), que estão internados nas unidades neonatais e não podem ser amamentados pelas próprias mães.

De acordo com o Ministério da Saúde, um pote de leite humano de 200 ml doado, por exemplo, é capaz de alimentar até dez recém-nascidos internados, por dia. Dependendo do peso do bebê, cerca de um ml já é o suficiente para nutri-lo cada vez que ele for alimentado.

Bebês que estão internados e não podem ser amamentados pelas próprias mães têm a chance de receber os benefícios do leite humano com a doação. Com ele, a criança se desenvolve com saúde, tem mais chances de recuperação e sobrevivência.

Como fazer?

O cadastro para se tornar uma doadora do Banco de Leite Humano do HRMS pode ser feito pelo telefone (67) 3378-2715.

*Com informações Governo de MS

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