Com plano de ser privatizado, nos próximos quatro anos, o Aeroporto Internacional de Campo Grande passará por reforma de R$ 40 milhões. As intervenções, conforme a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), contemplam áreas de embarque, pátio para ônibus e vans de turismo, além da modernização dos sistemas de segurança e navegação aérea.
O presidente da estatal, Antônio Claret de Oliveira, destacou que o uso de recursos próprios da empresa e provenientes do governo federal possibilitarão que as obras tenham início a partir de fevereiro, com projeção de entrega da reforma e ampliação do terminal em 2020. Assim, este passará de 6.185 m² para 10.027 m² de área total.
“Já temos uma logística de como funcionar. A população vai ter que ser comunicada e entender que vai ter um certo mal-estar escutando barulho, mas estamos trabalhando para o desenvolvimento da cidade e do Estado. Não haverá cancelamento de voos, porque não vamos mexer na pista que estamos fazendo a noite melhorando todo dia a segurança do aeroporto”, observou Claret.
Pelo menos quatro mil passageiros utilizam diariamente o terminal campo-grandense, que teve suas operações comerciais iniciadas em 1950. Com as obras estima-se que o fluxo de embarques e desembarques seja 80% maior, somando 4,5 milhões ao ano.
Na avaliação do ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, o fato da infraestrutura local ser listada em bloco com o Aeroporto de Congonhas, em São Paulo (SP), para futura concessão a iniciativa privada não tira a necessidade de se adequar o espaço as demandas locais.
“Estamos fazendo uma ampliação com reforma que coloca nosso aeroporto no século XXI. No momento que a privatização acontecer, daqui três ou quatro anos, vamos ter um aeroporto mais atrativo para aqueles que quiserem tocar”, destacou Marun.
Segundo o jornal Valor Econômico, junto com Campo Grande entram no lote de concessões previstas para ocorrer entre 2021 e 2022 os aeroportos de Corumbá e Ponta Porã. Junto com Congonhas, a estimativa de investimento nas estruturas ultrapassa R$ 2,419 bilhões.
Turismo – Em relação as obras de ampliação e possível privatização, a secretária Municipal de Turismo Nilde Brun pontuou que a Infraero tem feito os investimentos necessários que possibilitam ao município tornar-se um destino sólido do turismo de negócios. Ainda assim, ela acredita que com a iniciativa privada haveria um salto de qualidade no serviço prestado aos passageiros no aeródromo da Capital.
Mesmo posicionamento tem adotado o prefeito Marcos Trad (PSD), que lembrou que “se cumpridos todos os direitos e deveres será um avanço para Campo Grande”.