Um dia após uma carreta prancha circular pela Avenida Afonso Pena, próximo à Praça Ary Coelho, e atingir a rede elétrica, comerciantes ainda calculam os prejuízos por terem ficado sem energia. Na tarde dessa terça-feira (2), parte dos estabelecimentos da área central de Campo Grande teve de fechar as portas por conta do incidente.
Segundo a concessionária de energia do Estado, o caso ocorreu por volta das 14h e, ao todo, 94 usuários tiveram o fornecimento de energia interrompido. Um dos afetados foi o comerciante Mauro Fujimoto, que afirmou ter perdido clientes durante as três horas e meia em que ficou sem luz no estabelecimento.
“Foi um grande transtorno, principalmente por causa do calor e também porque não dava pra ligar os computadores, daí ficou difícil de atender os clientes. Ficamos sem energia a tarde toda, até fechar. Tivemos que fechar mais cedo porque não tinha como trabalhar. Foi uma tarde perdida praticamente“, disse Fujimoto.
A atendente Sandy Okaigusiku trabalha em uma loja de impressão e também perdeu a tarde de trabalho. Segundo ela, o jeito foi fechar as portas. “O caminhão arrebentou todos os fios ali da esquina e percebemos que ia demorar. Como a gente precisa da energia, não teve como continuar, porque nada ia funcionar, nem internet, nem computador, nada, aí optamos por fechar mesmo“.
Ainda segundo informações fornecidas pela concessionária de energia, o impacto do veículo com a fiação ocasionou o rompimento de cabos e danos ao transformador, o que demorou cerca de três horas para ser reestabelecido. No vídeo, que circulou pelas redes sociais, é possível observar que uma viatura da Guarda Civil Metropolitana (GCM) transita atrás da carreta em um dado trecho do percurso (veja abaixo a nota da GCM à imprensa).
Veja imagens da carreta no centro da Capital:
Legislação
Campo Grande possui decreto municipal desde 2010 que regulamenta o tráfego de veículos pesados no centro da cidade. As vias públicas consideradas como ‘Área Central’ são:
Av. Presidente Ernesto Geisel entre Av. Fernando Corrêa da Costa e Av. Mato Grosso; Av. Mato Grosso entre Av. Presidente Ernesto Geisel e Rua José Antonio; Rua José Antônio entre Av. Mato Grosso e Rua 7 de Setembro; Rua 7 de Setembro entre Rua José Antônio e Rua Pe João Crippa; Rua Pe. João Crippa entre Rua 7 de Setembro e Av. Fernando Correa da Costa e Av. Fernando Correa da Costa entre Rua Pe. João Crippa e Av. Presidente Ernesto Geisel.
O tráfego, estacionamento e operação de carga e descarga de caminhões na área central serão permitidos de segunda a sexta-feira da seguinte forma:
- Veículos até uma tonelada (veículo leve) – horário livre;
- Veículo Urbano de Carga – VUC até de 5,1 toneladas – 20h às 10h;
- Veículo transportador de bebidas até 12 toneladas – 20h às 9h;
- Veículo Leve de Carga – VLC até 12,5 toneladas – 20h às 7h;
- Veículo transportador de caçamba até 16 toneladas – 20h às 6h 30min;
- Veículo Pesado até 18 toneladas – 20h às 6h.
Aos sábados, a Prefeitura determinou flexibilização para veículos pesados, ficando autorizada a circulação a partir das 14 horas. Em domingos e feriados, o fluxo é livre para todos os veículos.
Retorno GCM
Em nota, a Guarda Civil Municipal de Campo Grande informou que:
“A ocorrência foi atendida pelo BPTran da PM. Eles solicitaram inicialmente o apoio da Agetran para o balizamento do tráfego, mas por conta da demanda deles, repassaram para a Gerência de Fiscalização de Trânsito, especializada da GCM que pode atuar nesse tipo de situação.
Não sabemos dizer se o motorista sofreu alguma sanção administrativa, e se foi, qual o tipo de autuação, já que a ocorrência não foi absorvida pela GCM.
Quanto ao fato de a carreta estar trafegando em área urbana, de fato existe um decreto do município que restringe esse tráfego em determinado horário e vias, prevendo sanções administrativas, contudo, é preciso que haja a sinalização vertical ou horizontal necessária indicando a proibição. Se não há placas, o máximo a ser feito é a orientação ao motorista e o direcionamento dele para as vias em que o tráfego do veículo seja permitido“, conforme nota oficial da GCM.
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